O tão falado “pico” de casos de COVID-19 poderá não ocorrer em Minas Gerais, onde a doença parece estabilizada. Para o governo do estado, a tendência agora é de que as mortes também comecem a desacelerar, diminuindo a pressão sobre o sistema de saúde.
“Nos últimos 10 dias, a ocupação dos hospitais está estável. Isso é importante porque caracteriza o que chamamos de platô. Entendíamos que poderíamos ter um pico maior, um estresse maior. Felizmente isso não se concretizou. A ocupação de UTI está em 67% no geral e em locais de maior procura, em 78%. Enfermaria, que tem importância grande na epidemia, 58% de ocupação. Ou seja, para cada 10 leitos, quatro estão livres para que as pessoas, caso necessário, possam se internar”, explica o secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
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Retorno das aulas presenciais pode colocar pelo menos um milhão de mineiros em risco, aponta estudoNovas barreiras sanitárias começam a operar em três estações de ônibus em BHPresente em 93% dos municípios, COVID-19 tem 113,7 mil casos em MinasÔnibus lotado durante a pandemia? Saiba como denunciar em BHBH bate 18 mil casos de COVID-19; ocupação de leitos de UTI está em 92%Segundo o secretário, a ocupação dos leitos é a primeira medida que nos chama a atenção. "Uma pessoa contaminada vai ter sintomas de três a cinco dias depois do contato. Vai começar a ter agravamento do caso por volta de 10 a 14 dias, buscando internação. Se ficar grave, for para o CTI e, infelizmente, for a óbito, demora mais 10 a 14 dias. E mais 10 dias para sermos notificados. A ocupação de leitos está estável há 10 dias. Já os óbitos demoram um pouco mais justamente por essa sequência de eventos, mas devem começar a reduzir também”, explica.
A expectativa é de que o platô dure até meados de agosto, iniciando então “queda expressiva”, se tudo ocorrer como desejado pelas autoridades. De qualquer forma, é mantido o alerta para que a população não relaxe de forma alguma com o isolamento social, contribuindo para que, finalmente, haja tendência de queda dos infectados e de mortos pela COVID-19.
“Reforçamos a necessidade do distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos. No momento em que não há tendência de subida da pandemia, com demanda por internações, temos de manter os cuidados para ajudar nesse quadro”, declara Amaral.