O tão falado “pico” de casos de COVID-19 poderá não ocorrer em Minas Gerais, onde a doença parece estabilizada. Para o governo do estado, a tendência agora é de que as mortes também comecem a desacelerar, diminuindo a pressão sobre o sistema de saúde.
“Nos últimos 10 dias, a ocupação dos hospitais está estável. Isso é importante porque caracteriza o que chamamos de platô. Entendíamos que poderíamos ter um pico maior, um estresse maior. Felizmente isso não se concretizou. A ocupação de UTI está em 67% no geral e em locais de maior procura, em 78%. Enfermaria, que tem importância grande na epidemia, 58% de ocupação. Ou seja, para cada 10 leitos, quatro estão livres para que as pessoas, caso necessário, possam se internar”, explica o secretário de Estado da Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
Para ele, a partir da próxima semana, os números de mortes também seguirão a tendência. “A projeção que fazemos é que a curva comece a reduzir à medida que o tempo passe. Estamos trabalhando com universo de tempo de 15 dias, mas isso não é matemático, pois há vários fatores associados. O importante é entender o que cada número representa", diz Amaral.
Segundo o secretário, a ocupação dos leitos é a primeira medida que nos chama a atenção. "Uma pessoa contaminada vai ter sintomas de três a cinco dias depois do contato. Vai começar a ter agravamento do caso por volta de 10 a 14 dias, buscando internação. Se ficar grave, for para o CTI e, infelizmente, for a óbito, demora mais 10 a 14 dias. E mais 10 dias para sermos notificados. A ocupação de leitos está estável há 10 dias. Já os óbitos demoram um pouco mais justamente por essa sequência de eventos, mas devem começar a reduzir também”, explica.
A expectativa é de que o platô dure até meados de agosto, iniciando então “queda expressiva”, se tudo ocorrer como desejado pelas autoridades. De qualquer forma, é mantido o alerta para que a população não relaxe de forma alguma com o isolamento social, contribuindo para que, finalmente, haja tendência de queda dos infectados e de mortos pela COVID-19.
“Reforçamos a necessidade do distanciamento, uso de máscara e higiene das mãos. No momento em que não há tendência de subida da pandemia, com demanda por internações, temos de manter os cuidados para ajudar nesse quadro”, declara Amaral.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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