Em meio à espera pela resposta da Prefeitura de BH sobre a proposta para reabertura do comércio apresentada nessa quinta-feira (23), a Câmara de Dirigentes Lojistas da capital mineira (CDL/BH) voltou a cobrar o Executivo municipal por abertura de leitos de UTI para COVID-19 na cidade.
O boletim divulgado nesta segunda-feira (27), com base em dados do dia anterior, traz o dado de 92% de uso nas UTIs para COVID-19 na capital. É o 47º dia consecutivo além dos 70% de ocupação, a zona vermelha da escala de risco.
“Para este índice abaixar para 70%, teríamos que ter, hoje, 540 leitos, número até abaixo do prometido pelo prefeito há mais de 75 dias”, disse o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
“Porém, na última semana, a prefeitura abriu apenas e tão somente mais 19 leitos de UTI”, completou.
O que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (Abrasel/MG) e a CDL/BH sugerem é que uma flexibilização aconteça a partir de ocupações menores que 80%, não de 70%, como atualmente.
Para a prefeitura, no entanto, esse “não é um índice seguro para a população”. O governo Kalil informou, na quinta, que a proposta das entidades é uma "flexibilização do plano já apresentado a eles pela própria prefeitura em maio".
Certo é que a administração municipal se comprometeu a apresentar até esta quarta (29) um cronograma de reabertura, sobretudo quanto ao nível de ocupação das UTIs visto como ideal para reabrir o comércio.
Outro lado
Procurada, a prefeitura informou que a "limitar ao número de leitos disponíveis ao critério para flexibilização do comércio e serviços mostra desconhecimento sobre o comportamento epidemiológico da COVID-9."
Também esclareceu que "no último mês, o número de casos mais que dobrou, o que significa que a velocidade de transmissão do vírus não está sob controle".