A Santa Casa BH, localizada na Avenida Francisco Salles, na Área Hospitalar, registra 98% de ocupação nos seus 100 leitos de UTI situados na ala para pacientes com doenças respiratórias nesta terça-feira (28). Com isso, apenas duas unidades de terapia intensiva permanecem vagas para pacientes com a COVID-19 no hospital.
Nas enfermarias do mesmo tipo, a ocupação também é alta: 89% dos 249 leitos estão em uso. Portanto, apenas 27 permanecem vagas. Essas unidades servem, sobretudo, aos pacientes que enfrentam quadros menos graves da infecção pelo novo coronavírus.
A Santa Casa de Misericórdia localizada na Avenida Francisco Salles é o maior hospital 100% SUS de Minas Gerais. A unidade tem enfrentado altas ocupações ao menos desde o início do mês.
Em 4 de julho, o Estado de Minas noticiou que a Santa Casa registrava 100% de ocupação em suas UTIs para COVID-19 naquela data. Desde então, houve ampliação de 20 leitos do tipo, mas a demanda continua alta.
Durante a pandemia, o hospital foi dividido em duas unidades para separar o fluxo de pacientes com outras doenças dos infectados pelo coronavírus, justamente para evitar a transmissão da doença: a unidade respiratória (alas B, C e D) e a geral (ala A).
A reestruturação teve investimento de R$ 5 milhões, a partir de esforços de empresas privadas e do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que deslocou a maior parte do recurso: R$ 2,1 milhões.
Quadro geral
No boletim epidemiológico desta terça-feira, a prefeitura informou que 91% das UTIs para COVID-19 em BH estão em uso. Já nas enfermarias, a taxa é de 71%.
Em ambos os casos houve queda na demanda nas últimas 24 horas. Isso porque o boletim de segunda (27) trazia ocupações de 92% na terapia intensiva e 73% na enfermaria do SUS-BH.
BH dispõe, conforme o levantamento, de 414 leitos de UTI (382 ocupados) e 1.115 (819 em uso) de enfermaria para a doença.
Os dois indicadores permanecem na chamada zona vermelha, além dos 70% de ocupação. No caso das UTIs, essa é classificação desde 10 de junho em BH.
Os altos índices têm complicado uma flexibilização do comércio na capital. Nesta quarta (29), a prefeitura deve informar se vai acatar ou não a proposta dos empresários de reduzir o parâmetro de reabertura para taxas aquém dos 80%.
Apesar da expectativa do setor, a PBH já deu sinais de que não vai seguir o que foi feito em outras capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo. Isso porque essas cidades computam indicadores bem mais elevados que os da capital mineira.