A Policia Civil prendeu, em Montes Claros, no Norte de Minas, um homem de 32 anos,
suspeito
de tentativa de extorsão de mulheres, sob ameaça de divulgar fotos íntimas delas na internet, além de explorar as vítimas financeiramente.
O suspeito, identificado apenas como M.R. F. C, de 32 anos, era pré-candidato a prefeito do município de São João das Missões, cidade de 13 mil habitantes, na mesma região.
O suspeito, identificado apenas como M.R. F. C, de 32 anos, era pré-candidato a prefeito do município de São João das Missões, cidade de 13 mil habitantes, na mesma região.
Preso terça-feira (29), o suspeito está recolhido preventivamente na Cadeia Pública de Bocaiuva, também no Norte do estado. Conforme apurou a reportagem do
Estado de Minas
, a investigações também apontam que ele é usuário de
cocaína
.
De acordo com a delegada Karine Maia Costa, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), de Montes Claros, foram
identificadas
oito vítimas do município do Norte de Minas, das quais cinco prestaram
depoimentos
à polícia, narrando os fatos.
Ainda está sendo investigada a possível existência de mais vítimas, inclusive, em outras cidades. Já se sabe que uma mulher de Belo Horizonte registrou um boletim de
ocorrência
na Polícia Militar contra o mesmo homem, o que ainda está sendo
apurado
.
As investigações foram iniciadas no início de junho, quando a Defensoria Pública de Montes Claros, por intermédio da defensora pública Maiza Rodrigues, encaminhou duas mulheres à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Elas relatavam terem sido vítimas do pré-candidato a
prefeito
.
“Começamos a investigação e percebi que existiam várias mulheres que tinham feito boletim de ocorrência (contra o mesmo suspeito), mas que ainda não tinham procurado a nossa delegacia”, afirma Karine Maia. Segundo ela, a suspeita é de que o homem importunava as vítimas há mais de tres anos, já que a primeira ocorrência policial contra ele, relacionada a caso semelhante , foi registrada em 2016.
“Começamos a investigação e percebi que existiam várias mulheres que tinham feito boletim de ocorrência (contra o mesmo suspeito), mas que ainda não tinham procurado a nossa delegacia”, afirma Karine Maia. Segundo ela, a suspeita é de que o homem importunava as vítimas há mais de tres anos, já que a primeira ocorrência policial contra ele, relacionada a caso semelhante , foi registrada em 2016.
Conforme a
investigação
, por meio da redes sociais, o suspeito se aproximava de mulheres com perfis específicos: fragilizadas emocionalmente, casadas e com o relaxcionamento em crise ou separadas recentemente – e que não queriam se expor para a família, sempre com idades entre 45 a 50 anos, e resolvidas financeiramente.
A partir do envolvimento com as vítimas, ele conseguia fotos intimas delas, muitas vezes, sem que elas que percebessem . No momento em que as mulheres manifestavam interesse em romper com o investigado, eram ameaçadas de exposição do material – os 'nudes' -, o que configura crime cibernético.
“Ele se aproximava de mulheres bem sucedidas. As seduzia e ganhava a amizade e um relacionamento amoroso delas. Quando elas tentavam se afastar, ele ameaçava publicar as fotos intimas nas redes sociais ou mandar para os parentes delas, explica Karine Maia.
A delegada usou o termo 'sex extorsão' para definir o tipo de ação criminosa cometida pelo suspeito. “A sex extorsão é usada para extorsão, de cunho financeiro e também (serve) para conseguir favores sexuais. Ele (o suspeito) dizia para a vitima: 'se você não ficar comigo, vou divulgar coisas suas'. Neste caso, trata-se de constrangimento ilegal”, explica Karine.
De acordo com a apuração policial, o suspeito explorava as mulheres financeiramente, fazendo com que elas pagassem despesas para ele, como contas de bares e restaurantes ou diárias em hotéis. Além disso, ele tentava extorquir as vitimas, embora não tenha conseguido receber pagamento de nenhuma delas.
Conforme a delegada, o pré-candidato a prefeito pediu dinheiro para uma mulher com quem iniciou uma conversa pela internet, ameaçando fazer revelações e mandar fotos para o marido dela. Como não recebeu o pagamento , ligou para o marido da mulher.
Na sequência, fez uma montagem de cunho pornográfico e enviou para o filho dela, afirmando que teve uma noite de sexo com a mãe do jovem 'no apartamento dele', embora isso não tivesse ocorrido.
A investigação também constatou que o suspeito teria encaminhado uma mensagem para uma mulher, ameaçando divulgar fotos intimas dela numa rede social, caso ela terminasse o relacionamento com ele. Como a vitima resistiu à chantagem, ele fez a postagem difamatória e a vítima acabou perdendo o emprego.
“Para outra mulher, ele ameaçou, que se ela não voltasse com ele, colocaria fogo no carro dela”, revelou Karine Maia. A delegada contou também que o suspeito chegou a se aproveitar de uma garota de programa. “Ele chegou a sair com a menina de programa. No dia seguinte, ele ligou para ela e falou: você me devolve o dinheiro que eu paguei. Senão vou divulgar fotos íntimas sua”, disse. Como não houve a devolução, as fotos intimas da garota teriam sido divulgadas ilegalmente.
Sem noção e impunidade
A reportagem tentou, sem sucesso, contato com a defesa do acusado. Porém, a delegada Karine Maia disse que, ao prestar depoimento, o suspeito não negou a tentativa de exposição publica das vítimas, tentando desqualificar ação criminosa.
“Ele é muito sem noção. Ele achava que é inatingível, que nada vai atingi-lo”, declarou a delegada, acrescentando que o pensamento do suspeito é que pagaria fiança e nada mais aconteceria.
"Na verdade, ele tinha um sentimento de impunidade e este sentimento o encorajou a ameaçar as mulheres ”, observou Herivelton Ruas, delegado regional de Montes Claros, que participou da entrevista coletiva ao lado da delegada Karine Maria e do delegado Jurandir Rodrigues, chefe do 11º departamento da Policiai Cvil de Montes Claros.
Karine Maia disse que o objetivo agora, depois da prisão do suspeito, é que outras vitimas apareçam e prestem depoimento . “É importante que as vítimas nos procurem. Elas mão não devem ficar com vergonha, até porque o inquérito é sigiloso”, enfatizou a policial.
“Ele é muito sem noção. Ele achava que é inatingível, que nada vai atingi-lo”, declarou a delegada, acrescentando que o pensamento do suspeito é que pagaria fiança e nada mais aconteceria.
"Na verdade, ele tinha um sentimento de impunidade e este sentimento o encorajou a ameaçar as mulheres ”, observou Herivelton Ruas, delegado regional de Montes Claros, que participou da entrevista coletiva ao lado da delegada Karine Maria e do delegado Jurandir Rodrigues, chefe do 11º departamento da Policiai Cvil de Montes Claros.
Karine Maia disse que o objetivo agora, depois da prisão do suspeito, é que outras vitimas apareçam e prestem depoimento . “É importante que as vítimas nos procurem. Elas mão não devem ficar com vergonha, até porque o inquérito é sigiloso”, enfatizou a policial.
Reserva indígena
De acordo com a investigação, o acusado não revelou
profissão
, mas era uma pessoa com influência politica em São João das Missões, sendo ativo nas redes sociais. São João das Missões tem a
maioria
da população integrante da reserva indígena xacriabá. Mas o suspeito não tem origem na etnia.
Ainda segundo a policia civil, o homem já teve prisão decretada pelo não pagamento de pensão alimentícia. Ele foi preso no Condomínio Belvedere, na região Norte de Montes Claros. Não resistiu à prisão, mas, segundo a Policia Civil, tentou esconder o celular, o qual teria armazenadas provas dos crimes contras as mulheres .
Ainda segundo a policia civil, o homem já teve prisão decretada pelo não pagamento de pensão alimentícia. Ele foi preso no Condomínio Belvedere, na região Norte de Montes Claros. Não resistiu à prisão, mas, segundo a Policia Civil, tentou esconder o celular, o qual teria armazenadas provas dos crimes contras as mulheres .