Com 123.415 diagnósticos e 2.692 mortes por COVID-19, Minas Gerais deve registrar uma queda nos casos diários da doença em “15 ou 20 dias”, afirmou na noite desta quinta-feira (30), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.
Em vídeo ao vivo transmitido nas redes sociais, o membro do governo Romeu Zema (Novo) tirou dúvidas da população sobre o programa Minas Consciente, que define regras para flexibilização do comércio no estado.
Ao lado dele, estiveram o secretário adjunto de Saúde de Minas Gerais, Marcelo Cabral, e do chefe de gabinete, João Pinho.
O trio começou a transmissão explicando em linhas gerais a reforma do programa Minas Consciente, anunciada ontem pela administração estadual.
Eles detalharam quais atividades fazem parte de cada uma das ondas de flexibilização: vermelha (somente serviços essenciais), amarela (estabelecimentos não essenciais sem potencial de aglomeração de pessoas) e verde (tudo aberto, até mesmo eventos, academias e teatro).
Durante toda a transmissão, os gestores estaduais receberam perguntas de cidadãos, sobretudo questionamentos sobre uma atividade comercial em específico. Muitas das dúvidas diziam respeito ao turismo de Minas Gerais.
O chefe de gabinete, João Pinho, ressaltou que hotéis, pousadas e chalés, após a reforma do programa, passam a fazer parte de atividades essenciais.
“A gente viu que tinham vários hotéis que eram utilizados como residências, abrigavam pessoas que trabalhavam na saúde e em outros serviços essenciais”, disse o gestor.
Ainda em sua fala, João Pinho falou sobre parques e cachoeiras. Segundo ele, o Minas Consciente trata apenas de atividades econômicas, portanto a abertura dos parques é de responsabilidade das respectivas administrações.
O chefe de gabinete ressaltou que o programa não restringe a ida da população a cachoeiras, mas que é preciso cautela e respeito às medidas de segurança.
“Se for a uma cachoeira, que seja com bom-senso. Se o cidadão for e todos os dias pensar: 'pode ou não ter coronavírus ali?'. Isso traz consciência coletiva”, explicou o secretário Carlos Eduardo Amaral.
Sobre passeios turísticos, o gestor estadual disse que essa atividade é limitada à onda verde do plano, a última, só liberada quando a situação daquela determinada macro ou microrregião estiver controlada no que diz respeito aos critérios ligados à COVID-19.
Adesão
Até esta quinta-feira, 325 cidades aderiram ao Minas Consciente. Durante a transmissão ao vivo, o secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, explicou o que acontece com os municípios que não optarem pelo programa.
Segundo ele, essas prefeituras estão sujeitas a regras mais duras, já que uma decisão judicial obriga essas administrações a respeitar outra deliberação do governo do estado, classificada por Cabral como “mais restrita, fechada e com menos possibilidades”.
O programa
O governo do estado anunciou nessa quarta (29) o novo Minas Consciente. As alterações entram em vigor neste sábado e vêm, segundo o governo, para dar maior eficiência à iniciativa, bem como simplificar a linguagem que a cerca.
Entre as principais modificações está a diminuição do número de níveis de isolamento social: de quatro para três, excluindo a branca e mantendo a verde, amarela e vermelha.
Houve mudança também nos critérios para definir em qual faixa de isolamento cada cidade se encaixa.
Serão sete indicadores: taxa de incidência COVID-19; taxa de ocupação de leitos UTI Adulto; uso de unidades de terapia intensiva por pacientes infectados; leitos por 100 mil habitantes; quantidade de diagnósticos por teste molecular (o mais fidedigno) realizado; porcentagem de aumento de positividade desses exames; e percentual de aumento da incidência.
Com base nesses indicadores, o governo vai atribuir uma das três fases a cada uma das 14 macrorregiões e das 62 microrregiões do estado.
Caso as cores da macro e da microrregião ligada a uma determinada cidade sejam diferentes, o prefeito local poderá optar qual flexibilização seguir.