Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

COVID-19: Comércio de BH continua fechado, mas PBH cria novo protocolo de flexibilização

Belo Horizonte vai continuar, ao menos por mais alguns dias, com apenas os serviços essenciais em funcionamento. Nesta sexta-feira, a prefeitura da capital mineira apresentou novo protocolo de flexibilização das restrições, composto por quatro fases. O afrouxamento das limitações vai ocorrer tendo como referência os indicadores que retratam a situação do novo coronavírus na cidade.



Na fase inicial, de controle, estão contemplados apenas as atividades tidas como primordiais.

No estágio seguinte, chamado de fase 1, estão setores como o comércio varejista, os salões de beleza, os shoppings centers e os serviços drive-in. Para tanto, será preciso observar as regras determinadas a cada ramo econômico. Horários e dias de funcionamento terão especificações.

Na fase 2, bares e restaurantes — com restrição quando aos horários e dias de funcionamento, parques públicos e museus estarão liberados. Na terceira etapa, entram clubes, academias de ginástica e clínicas de estética.

Outros setores, como parques de diversão, cinemas, escolas e feiras livres foram enquadrados em uma categoria especial, ainda sem protocolos definidos.

Ocupação de UTIs barra reabertura


O relaxamento ou o arrocho das medidas na capital é determinado por três critérios: o número médio de transmissão por infectado (Rt) e as taxas de ocupação de UTIs e leitos clínicos.



O nível dos índices é determinado por três cores: verde, amarelo e vermelho, como um sinal de trânsito. A ocupação de UTIs está em vermelho; a das enfermarias, em verde. A taxa de transmissão, por seu turno, está sinalizada pela cor verde.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, o número de UTIs preenchidas impede o avanço rumo à fase 1.

“Como temos um importante critério em vermelho, ainda não é possível flexibilizar neste momento. Vamos monitorar todos os dias. Pode ser que, na terça ou na quarta-feira, os indicadores baixem. Aí, a gente pode pensar em viabilizar a reabertura”, explicou.

De acordo com ele, apenas os três índices é que vão ditar os rumos de Belo Horizonte.

“Tudo é possível desde que os indicadores permitam. Não vamos quebrar isso por pressão qualquer que seja. O critério é sanitário. Apesar da perspectiva de reabertura ser boa para muito breve, o problema certamente não acabou”, completou.



Executivo pede colaboração

 

O secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis, pediu o apoio da população e ressaltou a importância da prevenção. 

“Não há nenhum relaxamento na ‘lida’ com a doença. Isso pode gerar, na população, a sensação de que agora está tudo mais tranquilo. Então, os hábitos de distanciamento social precisam ser mantidos. A abertura do comércio vai depender da cooperação e da disciplina de todo mundo”, salientou. 

 

Confira as fases do novo protocolo: