O novo protocolo de flexibilização das medidas restritivas, anunciado pela Prefeitura de Belo Horizonte nesta sexta-feira, prevê a reabertura das portas de bares e restaurantes na segunda fase após o estágio de controle. Representantes do setor cobram a retomada das atividades tão logo o nível destinado apenas aos serviços essenciais seja superado. A saúde municipal, contudo, alega querer barrar a disseminação massiva do novo coronavírus.
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Novo protocolo da PBH prevê mais espaço nas calçadas para bares e restaurantesCOVID-19: Comércio de BH continua fechado, mas PBH cria novo protocolo de flexibilizaçãoCoronavírus: para conter avanço dos casos, PBH reforça assistência a moradores de ruaFotos: conheça cemitério que troca túmulos por árvores em Nova LimaOsmar Terra compartilha fake news sobre discussão de Kalil em restauranteSanta Casa de Barbacena faz nova campanha para arrecadação de fundosCDL critica Kalil e repudia 'postura cruel e desumana' da PBHCOVID-19: alta ocupação de leitos impede reabertura do comércio em BHSegurança e eficácia: protocolo para testagem de vacina chinesa será seguido à risca em BH“Os bares e restaurantes são locais em que as pessoas ficam por muito tempo — e sem máscaras —, pois têm que se alimentar e beber. A possibilidade de contágio é maior nesses lugares. Não podemos, neste momento, correr o risco de um impacto muito grande”, explicou.
Embora tenha elogiado as diretrizes definidas pelo Executivo municipal, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, defende a inclusão de bares e restaurantes na fase 1 — onde estão presentes atividades como salões de beleza e o comércio varejista.
“É o setor que está pagando a maior conta. Estamos há 133 dias com bares e restaurantes fechados. Nenhuma cidade viveu essas circunstâncias”, alegou, cobrando a abertura de leitos de UTI.
Solmucci prometeu recorrer à Justiça por conta da situação.
"Dividir para durar"
Ao justificar a divisão da retomada em quatro fases, o secretário de Saúde explicou que o objetivo é impedir eventuais recuos na flexibilização. Ainda segundo ele, retomar precipitadamente os serviços ofertados por bares e restaurantes pode impactar o sistema de transporte da cidade.“A massa empregatícia de bares e restaurantes é muito grande. Por isso, pode haver grande sobrecarga no transporte (público). Nosso cuidado foi de dividir para durar. A gente não quer abrir e, uma semana depois, voltar a fechar. Pode até ser que aconteça assim, mas não é o nosso desejo”, assegurou.
Regras
Segundo as diretrizes da fase 2, os estabelecimentos que servem almoço podem funcionar das 11h às 15h de segunda a quinta-feira desde que não haja consumo de bebidas alcóolicas. Às sextas, as portas podem ficar abertas entre 11h e 22h — com álcool liberado a partir das 17h.
Aos sábados e domingos, bares e restaurantes podem atuar até às 22h. Em nenhum dos dias haverá restrição quanto às entregas e retiradas.
As regras para as praças de alimentação de shoppings são um pouco diferentes. Quando Belo Horizonte chegar ao segundo nível, os estágios poderão funcionar entre terça e quinta-feira, das 11h às 17h, sem bebidas alcóolicas. Às sextas, o horário é prorrogado por mais três horas — com álcool permitido das 17h em diante. O delivery estará liberado.