Belo Horizonte está no nível de alerta geral vermelho, segundo boletim de monitoramento diário divulgado nesta sexta-feira (31) durante coletiva de imprensa. Isso significa que a capital não vai reabrir o comércio enquanto os indicadores que acompanham a pandemia do novo coronavírus não estiverem no verde ou em amarelo com tendência de declínio.
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Em análise da prefeitura, esse cenário demonstra o efeito positivo das ações para evitar a circulação do vírus, refletindo também na queda da taxa de ocupação dos leitos de enfermaria COVID, que chegou a acender o nível vermelho nas últimas semanas. O valor de Rt igual a 0,99 sinaliza uma pequena redução do número de novos casos, porém ainda muito próximo da estabilização.
Por outro lado, o “semáforo” demonstra a necessidade de se reduzir ainda mais o nível de contágio. Sem essa redução, a taxa de ocupação de leitos de UTI COVID continuará no nível de alerta vermelho (acima de 70%) nos próximos dias. Por isso que a prefeitura recomenda a permanência na fase de controle para, pelo menos, os próximos sete dias.
'Não tem o menor cabimento'
Pressionado com a presença de representantes do setor do comércio na prefeitura nesta sexta-feira (31), o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, disse que “não tem o menor cabimento de abrir lojas com mais 80% de leitos ocupados”.
O secretário foi firme ao declarar que ainda não é possível flexibilizar o isolamento social por causa do indicador de UTI COVID e não precipitou data para possível reabertura. “Apesar da perspectiva de reabertura ser boa para muito breve, o problema certamente não acabou. E tudo é possível desde que o indicador permita. Não vamos quebrar isso por pressão qualquer que seja. O critério é sanitário”, disse.
Jackson lembrou ainda que na semana passada havia 15 mil casos de coronavírus e nesta semana os confirmados passam de 20 mil. Apesar disso, ele mencionou que a fila de espera para internação está diminuindo no SUS-BH. “O número de infectado está aumentando e de requisição de CTI está diminuindo. Mas essas pessoas que estão adoecendo podem vir a precisar de CTI”, explicou.