Com um hospital de campanha instalado no terreno de uma antiga fábrica de tecidos e a permissão de funcionamento apenas aos serviços essenciais, Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, tenta lidar com a ameaça invisível do novo coronavírus.
Segundo dados divulgados ontem pela prefeitura, três dos 50 leitos instalados na casa de saúde provisória, destinada a casos de baixa e média complexidade, estão ocupados.
O município, no entanto, precisa enfrentar outro obstáculo, esse sim, bastante visível: os turistas que visitam a cidade histórica cidade mesmo durante a pandemia.
Ainda conforme o boletim local, há 312 casos confirmados e 10 mortes. Além dos três pacientes internados no hospital de campanha, cujo diagnóstico ainda está sob suspeita, há outros acolhidos na Santa Casa. Seis estão em UTIs; outros oito, em enfermarias.
Segundo dados divulgados ontem pela prefeitura, três dos 50 leitos instalados na casa de saúde provisória, destinada a casos de baixa e média complexidade, estão ocupados.
O município, no entanto, precisa enfrentar outro obstáculo, esse sim, bastante visível: os turistas que visitam a cidade histórica cidade mesmo durante a pandemia.
Ainda conforme o boletim local, há 312 casos confirmados e 10 mortes. Além dos três pacientes internados no hospital de campanha, cujo diagnóstico ainda está sob suspeita, há outros acolhidos na Santa Casa. Seis estão em UTIs; outros oito, em enfermarias.
Na semana passada, o hospital de campanha bateu o recorde de pacientes internados simultaneamente: nove. “Neste mês, a demanda cresceu. Percebemos que a curva de internações no hospital aumentou”, aponta a enfermeira Taciana Oliveira, uma das coordenadoras do espaço, subordinado à saúde municipal. Nesta semana, o dia de maior ocupação foi a quinta-feira, quando seis pessoas estavam nas enfermarias.
Diferentemente do modelo a ser adotado quando o Hospital do Expominas, em Belo Horizonte, começar a funcionar, trata-se de uma casa de saúde com as “portas abertas”. Portanto, qualquer cidadão com indícios de ter contraído a COVID-19 pode procurar atendimento. “Aqui, aparecem sintomáticos, pessoas que tiveram contatos com positivos e pacientes encaminhados da unidade de emergência”, explica Taciana.
Em Ouro Preto, o hospital de campanha conta com três consultórios. Isso, porém, não significa a presença simultânea de três médicos a todo momento. “Começamos o atendimento com projeção de equipe mínima, para sentir o pico no município. Temos dimensionamento para a capacidade máxima, mas começamos com o mínimo desejado”, pontua a coordenadora.
Erguido no século 19, o prédio industrial foi transformado em centro de eventos no ano passado. A pandemia, entretanto, fez com que o local se convertesse em ponto de apoio ao combate à infecção. A montagem do espaço teve apoio da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), que cedeu equipamentos. Perto dali, há uma nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA), inaugurada pela administração local no início deste mês.
BARREIRAS
Para evitar a disseminação da virose, a prefeitura instalou barreiras sanitárias nas divisas da cidade. A maioria dos postos, no entanto, tem funcionado apenas aos fins de semana. O acesso pela BR-356, por exemplo, não tinha barreiras na segunda-feira, quando a reportagem esteve em Ouro Preto. O Estado de Minas flagrou, inclusive, turistas transitando sem máscara pelas ruas do Centro Histórico do município. Ouro Preto está na onda mais restritiva do Minas Consciente – programa do governo estadual que determina estágios do isolamento social nas cidades. Portanto, apenas estabelecimentos fundamentais podem abrir as portas.
Para evitar a disseminação da virose, a prefeitura instalou barreiras sanitárias nas divisas da cidade. A maioria dos postos, no entanto, tem funcionado apenas aos fins de semana. O acesso pela BR-356, por exemplo, não tinha barreiras na segunda-feira, quando a reportagem esteve em Ouro Preto. O Estado de Minas flagrou, inclusive, turistas transitando sem máscara pelas ruas do Centro Histórico do município. Ouro Preto está na onda mais restritiva do Minas Consciente – programa do governo estadual que determina estágios do isolamento social nas cidades. Portanto, apenas estabelecimentos fundamentais podem abrir as portas.
FLEXIBILIZAÇÃO
O programa Minas Consciente acaba de passar por reformulação, que entra em vigor no dia 6. Agora, serão consideradas três e não mais cinco ondas para funcionamento da atividade econômica. A primeira é a vermelha, quando podem ser abertos apenas serviços essenciais. Na segunda, amarela, bares e restaurantes, entre outros estabelecimentos, voltam a funcionar. O sinal verde é para a abertura total, sempre seguindo protocolos de segurança.
O programa Minas Consciente acaba de passar por reformulação, que entra em vigor no dia 6. Agora, serão consideradas três e não mais cinco ondas para funcionamento da atividade econômica. A primeira é a vermelha, quando podem ser abertos apenas serviços essenciais. Na segunda, amarela, bares e restaurantes, entre outros estabelecimentos, voltam a funcionar. O sinal verde é para a abertura total, sempre seguindo protocolos de segurança.
Para determinar as ondas, serão avaliadas características como tamanho da cidade, logística de atendimento e capacidade assistencial. O plano contará com uma divisão por microrregiões, agrupando municípios que apresentam realidades semelhantes. Cidades com menos de 30 mil habitantes terão tratamento simplificado, podendo progredir automaticamente para onda intermediária do plano, que permite a reabertura de mais serviços, caso apresentem baixo índice de casos ativos. Isso será permitido mesmo que a microrregião esteja na primeira onda, que contempla apenas serviços essenciais.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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