A Secretaria de Saúde de Minas Gerais confirmou nessa sexta-feira os sete primeiros casos de coronavírus em Santana do Riacho, na Serra do Cipó. O município de 4,2 mil habitantes até então era o único da Grande BH a não registrar infectados pela doença. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os sete pacientes já foram colocados em isolamento domiciliar e serão monitorados diariamente pelas autoridades de saúde.
No fim de junho, a cidade recuou na flexibilização do comércio, mas vinha se preparando para reabrir as atividades a partir da próxima segunda-feira (3/8). Inicialmente, a prefeitura havia decretado lockdown em 1º de maio devido ao grande número de turistas na Serra do Cipó. No entanto, autorizou o funcionamento de pousadas e hoteis no fim de junho, durante o feriado de Corpus Christi, o que dividiu opiniões.
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Com receio de que a flexibilização aumentaria o foco da COVID-19, moradores chegaram a protestar ao ocupar a saída da ponte que liga Jaboticatubas e Santana do Riacho, pedindo que turistas não ocupassem o local.
Com relação ao novo decretado assinado pelo prefeito André Torres (PTB), comerciantes terão de se adequar às rígidas normas de segurança para reabrir as atividades a partir da semana que vem. Os estabelecimentos deverão preencher um formulário eletrônico, no qual se comprometerão a cumprir as regras. Com os primeiros casos, no entanto, a prefeitura deve reavaliar o decreto, divulgado em 14 de julho.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o próprio prefeito afirmou que estava em quarentena por feito viajado a Brasília nos últimos dias e ter contato com uma pessoas que testou positivo. "Estou passando para justificar minha ausência presencial na prefeitura por uns dias. Estou recomendado sob orientação médica a ficar em quadro de isolamento por ter feito uma viagem a Brasília, onde conseguimos recursos importantes para nosso município. Vamos gradativamente acompanhando a evolução dos casos no nosso município. Tivemos dois casos, mas não é motivo de desespero. Desde 19 de março, somos um dos poucos a não registrar casos, mas é inevitável."