Jornal Estado de Minas

PANDEMIA

Com aumento no número de casos de COVID-19, Serra do Cipó recua e fecha comércios e pousadas

A prefeitura de Santana do Riacho, na Serra do Cipó, recuou na decisão de reabertura gradual do município após nove casos de COVID-19 terem sido confirmados nos últimos cinco dias e, a partir desta segunda-feira (3), comércios e pousadas deverão fechar as portas novamente.



Segundo decreto publicado no último domingo (2), o limite permitido para reabertura, que é de 50 casos para 100 mil habitantes, foi ultrapassado. "Considerando que em menos de uma semana os casos confirmados de COVID-19 passaram de 0 para mais de 9", cita trecho do decreto. A decisão vale até o dia 20 de agosto, mas pode ser prorrogada ou revogada, de acordo com os números da pandemia. 

Cachoeiras e parque permanecem fechados (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Na semana passada, o prefeito André Ferreira Torres divulgou vídeo confirmando ter entrado em quarentena após ter contato com um assessor infectado, durante uma viagem. Durante essa semana, foram registrados os primeiros casos na região, em meio à uma forte polêmica entre comunidade e empresários, já que turismo e comércio foram reabertos no dia de 10 de junho. 

Na ocasião, a reportagem do Estado de Minas foi ao local e mostrou a preocupação da comunidade frente a falta de estrutura da saúde pública local, em detrimento ao grande número de turistas que procuram a Serra do Cipó. "Agora estão vendo a besteira que fizeram ao reabrir tão cedo. Falar, nós falamos", explica uma das pessoas à frente do movimento "Contra a Flexibilização do Turismo na Serra do Cipó".





Muitos turistas, após a reabertura, andavam sem máscaras pelas ruas de Santana do Riacho (foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
Com o decreto atualizado, hotéis e pousadas deverão remarcar ou cancelar reservas até o dia 20 de agosto, porém este prazo pode ser ainda maior, caso os números da doença avancem ainda mais. Neste período, bares e restaurantes poderão funcionar apenas por meio de delivery.

Também estão proibidos os cultos, missas e qualquer tipo de aglomeração com mais de cinco pessoas. Aos finais de semana, todos os estabelecimentos, com exceção para postos de combustíveis e farmácias, deverão permanecer de portas fechadas, entre sexta-feira, às 19h, e segunda-feira, às 6h. 

O decreto ainda ainda determina medidas duras para servidores públicos  que forem pegos em aglomerações. As sanções podem chegar à demissão de funcionários. Apesar de todas as medidas, o município só deve aderir ao programa Minas Consciente, do Governo de Minas Gerais, após o dia 21 de agosto.

audima