Uma enxurrada de reclamações de alunos da UFMG tomou conta do Twitter na manhã desta segunda-feira (3)– primeiro dia de aulas on-line dos cursos de graduação da Universidade após mais de quatro meses de paralisação imposta pela pandemia de COVID-19.
Leia Mais
Festival de Inverno da UFMG vai ser on-line e gratuitoAdiamento do Enem prejudica sonho de 3,5 milhões de alunos no paísUniversidade expulsa 15 estudantes por fraude em cotas raciaisUFMG muda os planos e comprará 500 computadores para emprestar a alunos durante ensino remoto'EAD do Cabral': alunos da UFMG marcam primeiro encontro com festa a distância em bar universitárioO assunto foi parar nos trending topics da rede, com direito a memes e críticas à interface. "Moodle fora do ar e não choca ninguém", reclamou uma aluna. "Este semestre será o mais curto da história, não será nada fácil", comentou outra.
Procurada pela reportagem, a UFMG disse que a pane foi causada pela grande quantidade de acessos simultâneos, mas não informou previsão de retorno do sistema.
Retomada
O reinício do ano letivo na federal de Minas se deu por meio do ensino remoto emergencial (ERE), programa criado para dar segmento às atividades dos 91 cursos de graduação mantidos na instituição mineira. Para esta segunda-feira (3), o cronograma divulgado aos alunos previa o evento "Acolhimento e escuta para os tempos atuais", série de palestras sobre temas variados, como saúde mental e desafios da educação durante a pandemia do novo coronavírus.
Segundo a UFMG, o formato virtual será mantido por tempo indeterminado, enquanto o retorno presencial não for considerado seguro pelas autoridades de saúde.
Ainda de acordo com a Universidade, a ideia é que o ERE ofereça atividades acadêmicas curriculares com mediação pedagógica para tecnologias digitais de informação e comunicação. Provas e avaliações estão proibidas até 17 de agosto, com exceção dos cursos com agenda concentrada nas primeiras semanas do mês.
O projeto pedagógico prioriza a integralização de créditos pelos estudantes mais próximos da formatura e exclui atividades de natureza obrigatória, que não possam prescindir de experiências coletivas presenciais . O ERE também permitiu aos colegiados flexibilizar o mínimo de créditos exigidos para a matrícula semestral.