Um homem de 36 anos foi detido por falsidade ideológica após se identificar como policial civil em uma abordagem da PM na noite desse domingo no Bairro Paulo VI, Região Nordeste de Belo Horizonte. Até a companheira dele, que estava presente na abordagem, pensava que ele fazia parte da instituição.
Os policiais pararam o carro do casal após uma denúncia de que o condutor havia apontado uma arma para um outro motorista que estava em um carro estacionado na Rua São Rômulo.
O motorista suspeitou parou de imediato e, de acordo com a Polícia Militar, se identificou como policial civil mostrando uma carteira com o brasão. Questionado sobre a carteira funcional, ele apresentou um documento que seria de um jornal da categoria, com um adesivo da instituição colado nele.
Consta no boletim de ocorrência que os policiais questionaram novamente se ele era da instituição, o que foi reafirmado por ele e pela passageira. A mulher, inclusive, disse que os militares não poderiam ter o abordado e disse ao companheiro que ele devia ligar para um delegado.
Conforme a PM, o homem acabou dizendo que trabalha em um jornal que presta informações para a Polícia Civil. Dentro do carro dele foi apreendida uma réplica de arma. O veículo também tinha adesivos da instituição na parte externa. Os militares também acabaram descobrindo que a CNH do homem está cassada, e que o carro estava com alteração de cor e documentação de 2018.
Ainda de acordo com a Polícia Militar, a mulher que estava no carro confirmou que o companheiro havia discutido com outro motorista no trânsito, e que ela achava que ele realmente era policial. Na casa deles foi apreendido um bloco de auto de infrações de trânsito e mais adesivos da polícia. Também foram apreendidos outros materiais não especificados na casa de um parente.
O suspeito foi levado à Central de Flagrantes da Polícia Civil I (Ceflan I). Em nota, a Polícia Civil informou que tomou as providências cabíveis na ocorrência: "A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que o suspeito foi autuado em flagrante pelos crimes de falsidade ideológica (art. 229 – Código Penal), veículo adulterado (311 – Código Penal), e por dirigir com Carteira Nacional de Habilitação cassada (art. 309 – Código Brasileiro de Trânsito). O suspeito será encaminhado ao sistema prisional. A PCMG informa que o suspeito nunca foi servidor da Instituição".