Ainda que a taxa de leitos de UTI tenha se mantido estável em relação ao último boletim, a expectativa é de que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) anuncie nesta terça-feira (4/8) a interrupção das rígidas medidas de isolamento social e libere a reabertura de parte das atividades econômicas em Belo Horizonte. Ele concederá entrevista coletiva às 14h, na sede da prefeitura, para dar um panorama sobre a situação do coronavírus na capital e sobre medidas de enfrentamento à doença.
Ao lado de Kalil, participarão da entrevista o secretário municipal de saúde, Jackson Machado Pinto, e os infectologistas Carlos Starling, Unaí Tupynambás e Estevão Urbano, integrantes do Comitê de Enfrentamento à COVID-19 na cidade.
Depois de flexibilizar a quarentena e liberar o funcionamento de alguns setores do comércio varejista entre 25 de maio e 26 de junho, o prefeito voltou à "faze zero" – apenas os serviços essenciais poderiam funcionar. Na semana passada, ele se reuniu com lideranças do setor de comércio da capital, que pediram apoio durante o delicado momento da pandemia – com fechamento de postos de trabalho e empresas decretando falência.
Para flexibilizar a economia, a PBH leva em consideração três variáveis: índice de transmissão por infectado, a taxa de ocupação de leitos de UTI e também de enfermaria na rede públixa. Em relação à transmissão, o município atingiu o patamar desejado pelas autoridades de saúde, com índice de 0,97 (nível verde, considerado ideal).
Porém, a ocupação de leitos atual não é a desejável de acordo com a classificação da capital, permanecendo estável na comparação com o último boletim. Segundo a edição desta segunda, com base em dados atualizados até 2 de agosto, 83,7% das 424 UTIs para COVID-19 da cidade estão ocupadas. Em 30 de julho, 87,7% dos leitos reservados para a doença não estavam disponíveis.
Já a ocupação dos 1.115 leitos de enfermaria próprios para COVID-19 está em 67,1%. Em 30 de julho, o índice era de 68,1%. Nas duas variáveis, o boletim de monitoramento indica que BH estaria nas cores vermelha (maior nível de alerta) e amarela (alerta intermediária).
Desde março, Belo Horizonte contabilizou 21.072 casos de COVID, com 552 mortes. De acordo com a PBH, 17.549 pacientes se recuperaram da doença e outros 2.971 permanecem sob observação.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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