Era pra ser uma caçada, e alvo era um javali que vinha atacando o gado e ameaçando a segurança dos animais de fazendas no Sul de Minas. A intenção de dois amigos era boa, no entanto, acabou em tragédia, pois um acabou atirando no outro, por engano.
Paulo César da Silva, de 43 anos, acabou sendo morto pelo amigo, que também matou o animal. A ocorrência, na delegacia de Itanhandu, foi registrada como homicídio culposo, sem a intenção de matar.
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Na tentativa de cercar o animal, se separaram. Em determinado instante, um dos amigos avistou o javali e atirou em sua direção. Em seguida, viu outro movimento próximo e disparou pela segunda vez. Escutou, então, um grito. Correu para o local e lá encontrou o amigo, Paulo, caído, de bruços. Próximo, o javali, de cerca de 80 quilos.
Desesperado, o amigo correu de volta à sede da fazenda e acionou a Polícia Militar. Lá chegando, os policiais encontraram Paulo caído. O amigo, autor do disparo, que estava desesperado e chorava sem parar, entregou sua arma, uma espingarda calibre 32. A espingarda da vítima, calibre 28, estava ao lado do corpo.
O autor do disparo foi levado à delegacia de Itanhandu e lá teve sua documentação verificada. Os policiais informaram que estava tudo em dia, inclusive a que lhe dava direito a caçar. E como o javali não faz parte da lista de animais protegidos, ele não será indiciado por esse crime. Mas, sim, por homicídio culposo. O corpo da vítima foi encaminhado para o IML de São Lourenço.