Atuar na linha de frente na guerra contra a COVID-19 é uma tarefa arriscada, exaustiva e solitária. Afastados de familiares enquanto atuam no combate a doença em Belo Horizonte, médicos têm se desdobrado para oferecer os melhores cuidados aos seus pacientes, nesta fase em que os casos não param de crescer. Para oferecer um pouco de mais de afeto e cuidar de quem cuida, um grupo de crianças de uma escola de Belo Horizonte realizou uma ação em homenagem aos médicos do Grupo Rede de Cuidados em Saúde (RCS).
Para apoiar os profissionais de saúde que estão na linha de frente de combate ao novo coronavírus e agradecer pela dedicação desses profissionais aos doentes, as crianças escreveram cartinhas com desenhos e mensagens de gratidão e incentivo.
A responsável pela campanha foi a coordenadora de operações da RCS, a médica Mariane Tarabal. Ela conta que ao longo da pandemia a gratidão da população e a valorização desses profissionais foi ficando de lado. “Nesse momento em que a demanda está sendo absurda a população acabou se esquecendo de dar esse incentivo, esse aconchego”, explicou afirmando que conversas com os médicos despertaram a ideia.
As cartas foram entregues aos médicos por meio do Grupo RCS, que apoiou a ação feita em parceria com o Instituto Bem me Quer, instituição de ensino na qual as crianças participantes da campanha estudam. “Quando a gente propiciou que elas escrevessem cartas que demonstrassem apoio e levassem esse afago, esse carinho aos profissionais da saúde, elas se sentiram parte desse contexto, fez com que elas sentissem que elas podiam ajudar e contribuir de alguma forma”, disse a médica.
Ela conta ainda, que muitos profissionais se emocionaram com as cartinhas e enviaram vídeos de agradecimento e até presentes às crianças que participaram do projeto.
“ As cartas foram encaminhadas a esses profissionais que reagiram da melhor forma possível. Muitos ficaram emocionados, foi uma palavra de conforto de carinho em um momento muito difícil, um momento de luta, de cansaço, que eles estão vivendo por estarem trabalhando tanto já que o número de casos é muito alto em Minas Gerais.”
* Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira