Problemas emocionais e psíquicos são um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. É possível constatar o aumento da procura de remédios para tratar depressão e ansiedade na população em geral. Nos últimos dois anos, considerando um recorte para Minas Gerais, o volume de usuários para esses tipos de fármacos aumentou 35,5%. São dados aferidos em estudo coordenado pela ePharma, health tech com atuação no gerenciamento de planos de benefícios de medicamentos (PBM).
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Coronavírus: dificuldades na fala do paciente podem gerar depressãoCasos de estresse, ansiedade e depressão disparam em meio à pandemiaAlimentos que ajudam no combate à depressão, considerada o mal do séculoCOVID-19: em Minas, quase quatro servidores da saúde morreram por dia em julhoHomem testa positivo para coronavírus e ameaça cuspir na equipe médicaA psicóloga Maria Clara Jost lembra que a pandemia provoca uma grande mudança no ritmo de vida. Com a volta para dentro de casa e dentro de si mesmo, na esteira dos sentimentos aflorados surgem novos questionamentos, alterações de hábitos e atitudes, considerações sobre os relacionamentos interpessoais e a sobre a própria existência.
"Há uma interrupção nos projetos, nos planos pessoais. Sentimentos que poderiam estar obscurecidos se evidenciam. Solidão, frustração, falta de sentido sobre a vida, estão entre eles. O indivíduo pode não ter mais em quem confiar. Um ruptura que traz à tona esses sentimentos com mais intensidade", diz.
Nesse ponto, continua Maria Clara, fatores externos se tornam desencadeadores de transtornos latentes (entre quem já tem a predisposição ou não) e, em outros casos, agravando circunstâncias já experimentadas, no que diz respeito à saúde emocional. A depressão é um deles. "Por outro lado, esta é uma oportunidade de reflexão sobre a necessidade de mudar uma situação que já estava na hora de mudar", pontua a psicóloga.