Jornal Estado de Minas

BOLETIM SUPLEMENTAR

COVID-19: em Minas, quase quatro servidores da saúde morreram por dia em julho

 

Em média, 3,4 profissionais de saúde morreram infectados pelo novo coronavírus por dia em Minas Gerais em julho. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, foram 108 óbitos pela doença só entre esses funcionários públicos no mês passado.





 

Desde o início da pandemia, a COVID-19 tirou a vida de 215 profissionais de saúde no estado. Isso permite calcular que metade morreu justamente em julho. A SES registrou, ainda, 77 óbitos entre essa parcela da população em junho, 19 em maio e 11 em abril.

 

A letalidade da doença entre os servidores da saúde em julho também chama a atenção: 19,6% dos 550 infectados morreram em Minas.

 

Essa taxa está muito além da média observada no estado em geral: conforme o último boletim, 2,2%.

 

Quanto aos casos, o estado registra 4.853 entre os profissionais de saúde: oito em agosto, 550 em julho, 2.766 em junho, 1.140 em maio, 334 em abril e 55 em março.

 

Sistema prisional

 

Ainda conforme a Saúde estadual, Minas computa quatro mortos no sistema prisional: um em Belo Horizonte, um em Divinópolis (Centro-Oeste) e dois em Ribeirão das Neves (Grande BH).





 

São 54 surtos notificados à pasta. Nesses, de acordo com o governo, 992 pessoas se infectaram.

 

População indígena

 

Entre os indígenas, até o dia 03 de agosto, foram identificados casos suspeitos e confirmados da COVID-19 em quatro etnias: Xakriabá, Pataxó, Pataxó Hã Hã Hãe e Maxakali.

 

Em São João das Missões, no Norte do estado, 215 casos foram notificados entre duas aldeias dos Xakriabás. Desses, 10 casos foram confirmados e 11 ainda apresentam exames pendentes. Não houve registro de mortos.

 

Entre os Pataxós e Pataxós Hã Hã Hãe, no entanto, a doença tirou a vida de um indígena. Ainda entre os 20 casos confirmados, 13 se recuperaram e seis ainda apresentam sintomas da doença.

 

O índio que morreu vivia em Açucena, no Vale do Rio Doce.

 

Ainda de acordo com a SES, são 11 casos confirmados entre os Maxakalis, nos municípios de Bertópolis, Ladainha, Santa Helena de Minas e Teófilo Otoni, todos localizados no Vale do Jequitinhonha. Parte desses indígenas estavam aldeados e parte estava na Casa de Saúde Indígena de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce.