O Lindéia, na Região do Barreiro, continua sendo o bairro com mais mortes por COVID-19 em Belo Horizonte: 13 óbitos. As 10 localidades com mais vidas perdidas pela doença, curiosamente, estão distribuídas pelas nove regionais da cidade, o que representa o quão a enfermidade se espalhou pela capital mineira.
Os números fazem parte do boletim epidemiológico divulgado pela Prefeitura de BH na noite desta quarta-feira (5). Ainda de acordo com o levantamento, outros dois bairros registram dígitos duplos em mortes: Cabana do Pai Tomás, no Oeste da cidade, com 11; e Serra, na Região Centro-Sul, com 10.
Quanto aos casos de COVID-19, a liderança pertence ao Buritis, no Oeste de BH: 109 diagnósticos. É o único bairro com mais de 100 testes positivos para o novo coronavírus.
Na sequência, aparecem Lourdes (Centro-Sul), com 92; Castelo (Pampulha), com 83; Alto Vera Cruz (Leste), com 81; e Serra (Centro-Sul), com 78.
Considerando apenas os diagnósticos que progrediram para síndrome respiratória aguda grave (SRAG), quadros clínicos mais complicados da COVID-19, o bairro que lidera é o Alto Vera Cruz: 54.
Ainda segundo o balanço do Executivo municipal, 394 bairros já registram ao menos um caso de COVID-19. Como a cidade tem 487 bairros, é possível calcular que 81% das localidades já computam vítimas da pandemia.
Casos e mortes
Além disso, o levantamento da prefeitura informa que novas 10 mortes por COVID-19 foram confirmadas na cidade. Com essas, BH registra 615 óbitos.
Ainda fazem parte do balanço 22.676 diagnósticos: 3.156 em acompanhamento e 18.905 recuperados, além das 615 mortes.
Entre as pessoas que morreram, 37,8% eram pardos, 27,3% eram brancas, 8,9% amarelas, 5,6% pretas e 0,1% indígenas. De 20,4% dos mortos, a prefeitura não informa a cor.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.
Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Vídeo explica porque você deve aprender a tossir
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Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.
Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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Ainda sobre os óbitos, 97,9% apresentavam algum fator de risco, sendo 336 homens e 279 mulheres. As comorbidades e fatores de risco mais comuns incluem idade (500), cardiopatia (305), diabetes (224) e pneumopatia (131).