Nos últimos dias, após mudanças no programa Minas Consciente, diversos municípios mineiros, como Uberlândia, Betim, Contagem e Poços de Caldas aderiram ao plano de retomada da economia do governo do estado. Enquanto isso, Ipatinga segue amparada pelo Decreto 17, também do governo estadual, destinado às cidades que não aderiram ao programa e, ainda sem autorização por outras vias — como é o caso da capital mineira, que iniciou a flexibilização do comércio nesta quinta-feira (6). O Shopping Vale do Aço, o maior do Leste de Minas, por exemplo, continua proibido de retomar suas atividades.
Uma decisão judicial da comarca de Ipatinga, mantida em segunda instância em Belo Horizonte, mantém o fechamento do centro de compras há cerca de quatro meses.
Na tarde dessa quarta-feira (5), ocorreu a segunda audiência de conciliação com o intuito de discutir a reabertura do local, mas, mais uma vez terminou sem um consenso entre os representantes do shopping, da administração municipal de Ipatinga, do Ministério Público e do Sindicato do Comércio do Vale do Aço (Sindcomércio). Uma terceira audiência foi marcada para o dia 13 deste mês.
Decisão injusta?
Em Minas, todos os shoppings do estado foram reabertos, com a exceção do Shopping Vale do Aço. Mesmo em cidades não aderentes ao Minas Consciente, shoppings seguem funcionando por meio de decreto municipal, como é o caso de Belo Horizonte, que anunciou a abertura dos centros de compra e demais comércios a partir desta quinta-feira (6). Shoppings de Uberaba, Araxá, Montes Claros e Varginha já haviam retomado as atividades há mais tempo.
O município de Ipatinga, no entanto, solicitou mais tempo para analisar o programa e, em seguida, convocar o comitê de crise que deliberará pela adesão ou não do Minas Consciente. Caso o município não faça a adesão, o Shopping Vale do Aço continuará sendo o único shopping de Minas Gerais impedido funcionar.
Expectativa
A administração do centro comercial afirma que está preparada para seguir os protocolos da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), chancelados pelo Hospital Sírio Libanês e ratificados pelo Mater Dei.
Além disso, afirma que mais de 6 lojas já fecharam definitivamente e 358 pessoas perderam suas fontes de renda.
Enquanto a nova audiência não acontece, o Shopping Vale do Aço planeja peticionar nos autos para que o empreendimento possa seguir as ondas do Minas Consciente e os segmentos autorizados possam funcionar no mall.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.