Jornal Estado de Minas

ENFRENTAMENTO

Na contramão das cidades, Pará de Minas disponibiliza leitos de UTIs para pacientes com COVID-19

Com 193 infectados e cinco mortes, Pará de Minas, na Região Central do estado, ainda tem leitos de UTI disponíveis para pacientes com diagnóstico da COVID-19. Ao todo, a cidade disponibiliza 20 leitos de tratamento intensivo.





As unidades estão instaladas no Hospital Nossa Senhora da Conceição, unidade privada que atende ao Sistema Único de Saúde (SUS) e o Hospital Municipal Padre Libério, que também disponibiliza leitos para pacientes que não precisam de respiradores.

O secretário municipal de Saúde, Wagner Magsty Silveira, diz que a disponibilidade dos leitos se deu devido à adoção de medidas preventivas nas cidades. "A população entendeu a gravidade da pandemia e colaborou para que a doença não tomasse grandes proporções na cidade. Além disso, reforçamos as unidades hospitalares para atendimento aos pacientes vítimas da COVID-19."

No município, apenas as escolas, clubes e casas de shows permanecem fechados. Mesmo com o comércio aberto na cidade, os registros de novos casos da doença começam a diminuir. 
 
Além da disponibilidade de leitos, o município oferece um sistema de telemonitoramento, que orienta os casos suspeitos de COVID-19. “A qualquer sinal de gripe, o paciente é auxiliado por médicos e psicólogos. Todos os pacientes com sintoma de gripe são testados para coronavírus”, esclarece.




 
A dona de casa Maria da Conceição, 55 anos, respira aliviada após curar-se da COVID-19. Ela passou pelo tratamento no Hospital Municipal. "Graças a Deus não precisei de respiradores. Fiquei mais segura com tratamento em minha cidade e perto da minha família."
 
Pará de Minas também é referência para sete municípios mineiros – Onça do Pitangui, Pitangui, Leandro Ferreira, Nova Serrana, Igaratinga, Conceição do Pará e São José de Varginha –, que registra oito casos da COVID-19 e nenhuma morte.  “Ao contrário do que muitos municípios estão passando, temos leitos suficientes para atendimento à população. Nenhum paciente da cidade precisou passar por atendimento em Belo Horizonte e isso é muito bom”, finaliza o secretário de Saúde.