Jornal Estado de Minas

Polícia desarticula quadrilha de roubo de cigarros que agia em Minas, Rio e Espírito Santo

 

Com a prisão de dois homens no Estado do Rio de Janeiro, a Polícia Civil de Minas Gerais acredita ter desarticulado uma quadrilha de ladrões de cigarros, que agia não só na Zona da Mata mineira, mas também nos estados vizinhos do Rio e Espírito Santo. Foram apreendidos R$ 36 mil, veículos, armas de fogo, carregador de pistola e outros objetos pertencentes ao grupo de criminosos.





 

As prisões foram consequência de um trabalho integrado entre as delegacias de Furtos e Roubos de Leopoldina, 28ª DP de Além Paraíba, 27ª DP de Cataguases, Agência de Inteligência Policial da Delegacia Regional de Leopoldina, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Poder judiciário e Ministério Público.

 

Para conseguir chegar aos dois homens, um de 34 anos e outro de 36, apontados como chefes da quadrilha, foi montada a Operação Sevilha, realizada em etapas, a maioria delas nesta semana, a partir de segunda-feira. Foram cumpridos mandados de prisão contra os dois homens.

 

Na quarta-feira (7/8), a atenções estiveram voltadas para Rio Bonito. Segundo um dos delegados que participou da operação, Diego Mattos de Vilhena, no último final de semana, a polícia esteve na cidade com o objetivo de efetuar a primeira prisão, do mais velho.





 

No entanto, ele conseguiu fugir. Os policiais chegaram à casa onde ele estaria, na zona rural, mas ele escapou pela mata que existia no fundo do terreno da residência, avaliada em mais de R$ 1 milhão. Lá, foram localizados arma de fogo, veículo e documento falso. Ainda em Rio Bonito, os policiais prenderam o mais novo e conseguiram pistas para prender o foragido, o que ocorreu em Nova Friburgo.

 

Modus operandi

O delegado Márcio Rocha Vianna Dias, que participou da operação, contou que as investigações apontaram que o grupo vinha atuando há anos nos três estados. Explicou ainda como os ladrões despistavam a policia. “Eles trocavam de casa, cidade, telefone e carro a cada 15 ou 20 dias. Por isso, tínhamos que iniciar uma nova investigação para acompanhar os suspeitos”, ressaltou, lembrando que foi possível deflagrar etapas da operação e prender os investigados.

 

O delegado-geral Gustavo Adélio Lara Ferreira, Chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, que coordenou a operação, contou que dados revelaram que uma das empresas foi vítima desses criminosos por cerca de 16 anos. “Eles agiam em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo uma das empresas lesadas, somente nos últimos dois anos, estima-se que a organização teria sido responsável por 45 roubos, quando foram levados cerca de 13 milhões de cigarros, totalizando um prejuízo superior a R$ 4 milhões.”

 

Outro delegado, Marcos Vignolo Alves, disse que a primeira etapa da investigação foi concluída com êxito. “Conseguimos desarticular o braço armado dessa quadrilha, que já atuava há bastante tempo e que causou um prejuízo estimado de R$ 4 milhões para empresa do ramo de cigarro. Vamos dar continuidade às investigações para identificar mais elementos vinculados à quadrilha e, principalmente, os receptadores das cargas, que foram subtraídas e são facilmente diluídas no mercado negro.”