Jornal Estado de Minas

TRÊS REQUERIMENTOS

Comissão de Saúde da Câmara de Fabriciano pede explicações sobre interdição de UTI

A interdição dos leitos de UTI no Hospital Dr. José Maria Morais, em Coronel Fabriciano, continua gerando polêmicas. O vereador Professor Edem (PT), membro da Comissão Permanente de Saúde de Fabriciano, apresentou três requerimentos à Câmara Municipal com pedidos de esclarecimento e informações detalhadas sobre a interdição dos leitos de UTI no Hospital Municipal José Maria de Morais e sobre a ausência da máquina de hemodiálise e de antibióticos.





O vereador quer ouvir a secretária municipal de Saúde, Kátia Barbalho Diniz Costa, para ter informações sobre o que, segundo ele, está sendo tratado pela administração municipal como “fakenews”. O vereador também requereu do superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira Duque Júnior, a confirmação das informações sobre a interdição das UTI’s.
(foto: Imprensa/Prefeitura de Coronel Fabriciano)

Os requerimentos deverão ser votados pelo plenário na próxima Reunião Ordinária, terça-feira (11), na Câmara de Coronel Fabriciano. “Precisamos votar os requerimentos o mais rápido possível, dada a urgência da questão. Tem pessoas morrendo e outras correndo risco de vida. Os requerimentos são pedidos de informações sobre o que realmente está acontecendo, o que é o nosso papel de fiscalização. Infelizmente, nossa Comissão de Saúde não quis se posicionar”, disse o vereador Edem.

A Secretaria de Governança da Saúde da Prefeitura de Coronel Fabriciano se antecipou aos requerimentos citados pelo vereador e informou que, assim como já detalhou ao Governo do Estado sobre a atual situação do Hospital José Maria Morais, também se coloca à disposição da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, presidida pelo vereador professor Edem (PT), para quaisquer esclarecimentos sobre os leitos de UTI COVID-19 e clínicos do HJMM.





Esclareceu ainda que a denúncia que originou a vistoria da equipe da Superintendência Regional de Saúde- SRS, se deu após um equipamento de hemodiálise do hospital apresentar problemas técnicos. “Essa máquina, CNES nº 7082886, credenciada no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, foi consertada, continuando à disposição dos pacientes internados que dela necessitassem”, disse Kátia Barbalho, secretária municipal de Saúde.

Além de estar consertada e funcionando, segundo a secretária, outras três máquinas de hemodiálise e três máquinas de osmose reversa foram compradas. “O HJMM conta atualmente com serviço de hemodiálise funcionando, com equipe de nefrologia e multidisciplinar, apresenta todos os EPI’s necessários ao atendimento da ala COVID-19, tem todos os antibióticos à disposição da equipe, ventiladores e monitores com capnografia e pressão intra-arterial em todos os 20 leitos”, disse, lembrando que o HJMM tem uma equipe capacitada para atendimento a todos os pacientes que o procuram. "Coronel Fabriciano apresenta a menor taxa de letalidade (1,52%) do Vale do Aço, e continua funcionando com o objetivo principal, que é salvar vidas."
 
Nota da Superintendência Regional de Saúde   
 
A Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano mantém o mesmo posicionamento que determinou a interdição no HJMM, divulgado por meio de nota: “Esclarecemos que a medida de interdição cautelar é aplicada em estabelecimento ou produto, quando for constatado indício de infração sanitária em que haja risco para a saúde da população. A infração perdurará até que sejam sanadas as irregularidades, objeto da ação fiscalizadora. Sendo assim, mediante a apresentação da comprovação de aquisição/instalação dos equipamentos de hemodiálise, com qualificação de instalação destes, garantindo que os mesmos estão funcionando em conformidade com as especificações/parâmetros do fabricante; a apresentação da análise de água purificada pelos equipamentos de osmose reversa após sua instalação; o estabelecimento de um programa de manutenção preventiva dos equipamentos (não apenas corretiva); a comprovação da assistência de médico nefrologista à beira leito e a regularização do estoque de medicamentos, materiais e insumos mínimos necessários à atividade; a medida poderá ser revista”.