Destacando que a taxa de letalidade da COVID-19 no estado está abaixo da média do restante do país, o governador Romeu Zema (Novo) fez a entrega de respirados ao Hospital São Judas Tadeu, em Oliveira, região Centro-Oeste de Minas, nesta sexta-feira (7). Os aparelhos vão possibilitar a abertura de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para ampliar a capacidade de atendimento a pacientes no município e região.
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Boi na pista dá trabalho para bombeiros e patrulheiros em rodovia mineiraHomem tenta fugir de PM e mata motociclista na Avenida AmazonasEmpresa cria canal infantil para entreter filhos dos funcionários em home officeTecnologia ajudou profissionais de saúde mineiros durante a pandemia; veja comoCOVID-19: Formiga e Campo Belo recebem 40 respiradoresCriminalidade diminui na área interna da Avenida do ContornoCom 3.381 óbitos registrados desde o início da pandemia, Minas Gerais tem mantido, nas últimas duas semanas, a taxa de letalidade, hoje em 2,1%, abaixo da média nacional. “Não é que estamos bem apenas nestas duas semanas não, desde o início da pandemia estávamos em terceiro, segundo, agora, em primeiro lugar”, afirmou. Zema atribui o número às medidas adotadas ainda no início da pandemia e ao que chamou de “perfil do mineiro, cauteloso e desconfiado”.
Providências que, segundo ele, possibilitaram alongar a curva até julho, quando houve o início do pico, evitando a sobrecarga do sistema de saúde. “Tivemos tempo de estruturar e fortalecer o sistema de saúde do estado”, destacou. Questionado sobre o motivo de não ter colocado o hospital de campanha para funcionar desde a implantação, fez uma comparação: “Alguém viaja sem pneu e estepe, nós fizemos uma viagem”.
Sem minimizar a situação, o governador afirmou que haverá “batalhas pela frente”. “Claro que esse momento que estamos vivendo agora, o pico, é um intervalo do jogo. Vamos começar o segundo tempo e ninguém ganha o jogo tendo jogado só o primeiro tempo. Vamos precisar continuar com todas essas medidas de segurança, distanciamento, uso da máscara, higienização, etc. Até que a vacina fique pronta e as pessoas sejam imunizadas, não há outra alternativa”, ponderou.
Redução da curva
A tendência de redução da curva é esperada ainda para agosto. “Pelos nossos cálculos, e seguindo o que aconteceu em outros países, Itália, Espanha e no próprio Amazonas, é de que em agosto, setembro, a gente comece a ter um pouco de queda. Mas não parece que será uma queda vertiginosa não”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral. Para a redução serão observados dois fatores que refletem na transmissão, hoje abaixo de um.
“Uma é manter, como estamos fazendo, os cuidados com a população e outra seria a quantidade de pessoas que já pegou a doença, que também seria uma barreira que a gente chama de imunidade de rebanho de manada”, explicou.
Amaral destacou que o momento é propício para observarem as boas práticas adotadas no mundo para que sejam definidas as próximas medidas, como flexibilização de atividades, dentre elas o retorno às aulas. A primeira versão do programa Minas Consciente, segundo ele, foi para tentar frear o risco de explosão do coronavírus, já este segundo é para parametrizar o caminho daqui para frente. “Considerando que será um caminho longo. Não será um ou dois meses, é possível que teremos que conviver com esses vírus por muito tempo”, destacou.
(Amanda Quintiliano especial para o EM)
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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