Juiz de Fora, na Zona da Mata, retoma atividades em vários setores do comércio e de serviços por meio da ‘onda amarela’ do programa Minas Consciente a partir deste sábado (8).
Desde maio, Juiz de Fora aderiu ao programa de combate à pandemia da COVID-19 do Governo de Minas Gerais. A cidade estava na ‘onda branca’ mas, com as alterações no programa, será incorporada pela ‘onda amarela’.
Após as novas regras e protocolos, a onda amarela permite o funcionamento de salão de beleza e atividades de estética; comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo; papelaria, lojas de livros, discos e revistas; lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados e artigos de viagem; design e decoração de interiores; atividades fotográficas e similares; atividades profissionais científicas e técnicas; lojas de departamentos; lojas de brinquedos; floricultura; além das atividades consideradas não essenciais, já liberadas.
De acordo com o prefeito Antonio Almas (PSDB), essa nova etapa é um passo importante, mas ainda requer consciência de cada cidadão. “Não podemos esquecer que nos últimos 30 dias tivemos aumento de 34% de casos suspeitos e 56 óbitos. Não é nada tranquilo saber a confirmação de mais uma morte. Precisamos ter cuidado. Não podemos achar que abrir o comércio significa que está tudo sob controle. Não está. Precisamos mesmo é continuar tomando os devidos cuidados. É cada um fazendo a sua parte”, alertou o prefeito em live na manhã desta sexta-feira (7).
Horário e regras para o funcionamento do comércio
No geral, o horário de funcionamento do comércio é das 9h às 18h. Já shoppings centers e galerias comerciais devem funcionar das 12h às 20h, porém, somente neste sábado – véspera do Dia dos Pais –, de forma excepcional, será permitido o funcionamento das 9h às 18h.
Os restaurantes permanecem com o mesmo horário de funcionamento já estabelecido na onda branca, de segunda-feira a sábado, das 11h às 15h, e nos demais horários apenas delivery e retirada no balcão.
Bares permanecem fechados. A decisão é do Comitê Extraordinário Covid-19 após reunião na noite dessa quinta-feira (6).
Atividades consideradas extracurriculares – como aulas de esporte e cursos – continuam proibidas.
A favor da reabertura do comércio, a consumidora e microempreendedora Sana Keller pretende ir ao shopping neste sábado para fazer compras.
Na opinião dela, a economia não pode parar porque as pessoas não vão conseguir sobreviver só com auxílio emergencial. “O comércio parado gera desemprego, e como ficam as famílias? É claro que devemos tomar cuidados e seguir os protocolos para evitar a COVID-19, mas é um novo mundo, um novo comportamento para todos, é um ciclo”, justifica.
O empresário Marcio Marques ainda está na dúvida se vai reabrir uma loja física. Em maio, frente à crise causada pela pandemia, Marcio resolveu fechar a loja de roupa masculina que mantinha em um shopping da cidade por 6 anos.
“Investi R$ 100 mil na montagem da loja física. Com as restrições por causa da pandemia, eu estava com uma despesa alta de aluguel sem abrir as portas. A vantagem é que a gente já trabalhava também com o atendimento virtual, visitando os clientes. Dessa forma, não sei se vale a pena investir na reabertura de um negócio físico já que as minhas vendas, aqui mesmo de casa, estão indo muito bem”.
O empresário relata ainda que é cedo liberar o comércio frente aos casos de coronavírus na cidade.
De acordo com o painel gerencial da prefeitura, Juiz de Fora registra 121 óbitos por COVID-19 e 3.784 casos confirmados. A taxa de ocupação de UTI-SUS está em 70,49%.
Juiz de Fora será monitorada levando em conta a microrregião. E a cada 28 dias é feita uma análise para saber se há chance ou não de um possível avanço no sistema de ondas.