Morreu nesse sábado o médico mineiro Lucas Pires Augusto, de 32 anos, vítima de COVID-19. Graduado pela Universidade Federal do Paraná, ele atuava no Instituto de Saúde Bom Jesus, em Ivaiporã, no interior paranaense. Segundo o site TN Online, ele estava internado em Maringá, também no Paraná, desde 25 de julho.
Lucas nasceu em Cataguases, na Zona da Mata mineira e estudou no colégio Coluni, em Viçosa, na mesma região. Ele deixa esposa e dois filhos.
Dias antes de falecer, ele deixou uma mensagem nas redes sociais, informando o agravamento de seu estado de saúde, mas afirmando que amava a profissão. Lucas finalizou a publicação com uma oração.
“Estou indo nesse momento para UTI, devido a um agravamento do quadro de COVID-19. Ficarei incomunicável, mas, desde já, agradeço aos amigos pelas orações. Peguei essa doença fazendo o que amo, cuidando dos meus pacientes com amor e dedicação. Faria tudo outra vez. Sei que meu Deus é soberano sobre todas as coisas, seus caminhos e propósitos são sempre justos e perfeitos e que no fim, todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo seu propósito. Amém”, escreveu Lucas.
Também pelas redes sociais, amigos do médico lamentaram sua morte.
Meu colega do Coluni que faleceu ontem. Herói que sucumbiu no front de batalha. Se um dia esse país for justo, vai homenagear profissionais da saúde como ele, que com muita coragem honraram o juramento que fizeram para salvar a vida de brasileiros. https://t.co/ipxgJg2ANB
%u2014 Lucas Paulino (@lucasapaulino) August 9, 2020
“Meu colega do Coluni que faleceu ontem. Herói que sucumbiu no front de batalha. Se um dia esse país for justo, vai homenagear profissionais da saúde como ele, que com muita coragem honraram o juramento que fizeram para salvar a vida de brasileiros”, disse Lucas Paulino, pelo Twitter.
COVID-19 e profissionais da saúde
O risco de contaminação é mais um entrave para os profissionais de saúde na luta diária contra o coronavírus. Só em Belo Horizonte, são 1.001 trabalhadores infectados. Em uma semana, a prefeitura contabilizou 121 diagnósticos entre esses servidores, média de 17,2 por dia. Outros 187 resultados de exames continuam pendentes.
De acordo com o levantamento, 469 casos positivos entre os profissionais de saúde já estão divididos por categoria profissional. A mais afetada, de longe, é a dos técnicos de enfermagem. São 22 funções diferentes já infectadas.
Quanto ao local de trabalho, aquele mais vulnerável é o centro de saúde, que contabiliza 67,3% dos diagnósticos. A prefeitura também atualizou o quadro geral da COVID-19 em Belo Horizonte. São 24.436 diagnósticos, com 652 mortes, 3.334 em acompanhamento e 20.450 recuperados.