Jornal Estado de Minas

REABERTURA GRADUAL

CDL solicita a procurador-geral que comércio de BH permaneça aberto

A Câmara de Dirigentes Logistas de Belo Horizonte (CDL/BH) solicitou a manutenção do processo de reabertura gradual do comércio da capital, que se iniciou no dia 6 de agosto. O ofício foi enviado ao procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, nesta segunda-feira (10).





No documento, a CDL ressaltou que o plano de reabertura das atividades em BH foi estruturado com base na análise dos indicadores epidemiológicos e, também, na ocupação de leitos. A entidade sustentou que os indicadores diminuem a cada semana e que, mesmo após a reabertura das lojas, o índice se manteve.

Portanto, a CDL solicitou a manutenção do plano de reabertura em Belo Horizonte, “uma vez que este está baseado em critérios técnicos e científicos que garantem a proteção à saúde da população local’, afirmou a entidade.

A Câmara de Dirigentes Lojistas também pontuou que a população de BH respeitou o maior período de quarentena do mundo e que o setor de comércio e serviços foi o que mais se sacrificou, permanecendo por quase 150 dias fechado. “Mais de 7 mil empresas já foram fechadas na cidade e, oficialmente, mais de 25 mil trabalhadores já perderam seus empregos”, informou a CDL no ofício enviado ao procurador.





A entidade ressaltou que a reabertura está sendo realizada em fases subsequentes e cumulativas, conforme a segurança do quadro geral de BH. O boletim epidemiológico divulgado diariamente pelo município avalia as condições para a evolução do processo de reabertura. "A decisão da reabertura do comércio se fundamentou no interesse público de proteção à saúde e nos estudos técnicos realizadas pelo Comitê de Saúde instituído no Município de Belo Horizonte para monitoramento do avanço de contaminação por COVID-19".

Por fim, a CDL sustentou que o fechamento das atividades causaria um dano de difícil reparação para o município. “O setor de comércio e serviços representa 72% do PIB do município de Belo Horizonte, correspondente a 88,4% da atividade econômica da capital, gerando 83,5% dos empregos”, afirmou a entidade.
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.