Belo Horizonte tem 77 bairros sem registro de casos de infecção pelo novo coronavírus. Desses, mais da metade tem a palavra “vila” em seu nome: são 39 localidades do tipo. Os números fazem parte de um levantamento exclusivo feito pelo Estado de Minas com base no boletim epidemiológico e assistencial divulgado pela Prefeitura de BH nesta segunda-feira (10).
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Ainda fazem parte da lista Centro-Sul, Noroeste e Venda Nova, todas com oito bairros sem infecção pelo novo coronavírus; Leste e Oeste com nove; Pampulha com 10; e Barreiro com sete.
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Para fazer o levantamento, a reportagem considerou uma lista de bairros disponibilizada on-line pelo servidor de carreira da Fiscalização Sanitária da Prefeitura de Belo Horizonte, João Batista de Souza.
De acordo com dados da Prodabel, em 2018 a capital mineira contava com 487 bairros. Portanto, é possível calcular que 84,1% das localidades da cidade já registram casos de COVID-19.
Conforme o boletim desta segunda-feira, o bairro com mais mortes é o Lindeia, no Barreiro, com 13 óbitos. Na sequência, aparecem a Cabana do Pai Tomás, no Oeste da cidade, com 11; e a Serra, no Centro-Sul, com 10 vidas perdidas pela virose.
Casos e mortes
Mais 19 pessoas morreram em Belo Horizonte por COVID-19 entre sexta (7) e segunda-feira (10), informou o boletim da prefeitura. O levantamento ainda traz 24.536 diagnósticos da doença: 671 mortes, 2.015 casos em acompanhamento e 21.850 recuperados.
No balanço por regional, aquela com mais mortes é Venda Nova, com 94. A Região Nordeste tem 90 vidas perdidas. Ainda estão na lista Barreiro (76), Noroeste (76), Oeste (75), Centro-Sul (71), Leste (71), Norte (64) e Pampulha (54).
E a situação deve piorar, já que ainda há 69 mortes em investigação na cidade. A taxa de letalidade (porcentagem de infectados que morre) na capital mineira é de 2,7%.
De acordo com o boletim da PBH, 97,9% dos mortos por COVID-19 em BH tinham algum fator de risco. No total, 14 pessoas que perderam a batalha contra o novo coronavírus na cidade não apresentavam comorbidades.
Entre os 671 óbitos, 551 são de idosos: 82,1% dos mortos. Ainda estão na lista 336 cardiopatas, 245 diabéticos, 140 pneumáticos e 103 obesos.