Jornal Estado de Minas

GUERREIRA

Após se recuperar de COVID-19 e câncer, dona Araci vai comemorar aniversário de 80 anos em casa

Dona Araci passou 13 dias internada no Hospital da Baleia, em Belo Horizonte após testar positivo para COVID-19. Às vésperas de completar 80 anos, a idosa que nasceu no interior do estado e há três anos luta contra um câncer tratado no mesmo hospital, têm motivos de sobra para comemorar. Nesta sexta-feira, 14 de agosto, ela vai poder soprar as velinhas em casa, em família, com o câncer controlado e curada da COVID-19.





Em 29 de julho, dona Araci recebeu o diagnóstico positivo para o novo coronavírus e permaneceu internada por 13 dias. O presente de aniversário veio às vésperas de completar 80 anos. Curada da COVID-19, ela teve alta médica e ainda no hospital, com direito a balões, a equipe médica desejou “muitos anos de vida” a dona Araci junto com as filhas da paciente e, com muitos aplausos cantaram a tradicional canção “parabéns para você”.  Assista;



Iracy Meire, de 39 anos, uma das filhas da idosa, conta que o diagnóstico trouxe o medo para a família. “Quando descobrimos sobre a COVID-19, o coração já não sabia o que sentir, foi uma explosão de sentimentos; tristeza, medo, pavor, e o maior deles a preocupação, mas nunca deixamos passar esse medo para ela. O tempo todo fomos fortes e passamos confiança para que ela conseguisse lutar por ela e por nós”.

A filha de dona Araci conta ainda que a ansiedade para o retorno da mãe crescia diariamente, até que a boa notícia chegou à família. “Assim que passaram os dias e ela apresentou melhoras a emoção foi grande, e a felicidade já tomava conta de todos que estavam rezando e pedindo notícias todos os dias. Ficamos radiantes quando soubemos que ela poderia passar o aniversário conosco para poder comemorar e mostrá-la como ela é importante e guerreira”.

Tratamento do câncer

A idosa que morava na cidade de Marilac, no Vale do Rio Doce, veio para capital quando descobriu o câncer. Aqui, recebeu o apoio da família e de seus 12 filhos durante o tratamento na Clínica de Oncologia do Hospital da Baleia – referência no estado, pelo SUS, particular ou por convênios médicos. 

Muito querida pela equipe assistencial desde quando começou o tratamento de um linfoma de não Hodgkin, frequentava mensalmente o hospital para sessões de radio e quimioterapia. Com o início da pandemia, passou a receber o acompanhamento médico a cada dois meses.

 
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira