Por meio de uma coletiva de imprensa virtual, o promotor Cristiano Cassiolato explicou que a investigação durou cerca de cinco anos. “Os fatos em apuração se referem a pagamentos feitos pelo município de Carmo do Rio Claro em 2012, sem a comprovação das correspondentes prestações de serviços. Infelizmente as instituições demoram muito pra responder e acabou atrasando o trabalho investigativo”, explica o promotor.
De posses desses dados, a Justiça determinou o sequestro de R$ 326.355,52 em bens dos investigados. “Cinco promotores de Justiça, servidores do MPMG, agentes da Receita Estadual e 16 policiais militares participaram da operação. A sede da empresa investigada fica em Ibiraci”, completa Paulo Frank Pinto Junior, coordenador do Gaeco de Passos.
Um dos alvos foi a casa da ex-prefeita de Carmo do Rio Claro, Maria Aparecida Vilela. Por telefone, a defesa disse que não teve acesso ao processo e que tomou ciência dos fatos apenas nesta quinta-feira. “A defesa relata estranheza de um fato, supostamente ocorrido nos anos de 2011 e 2012, ser objeto de busca e apreensão em sua residência, através de várias viaturas da PM e de vários policiais militares”, disse o advogado João Regis David.
A defesa esclarece que Maria Aparecida Vilela não é pessoa que oferece risco à sociedade, possui residência fixa e trabalho. “Isso são alvos de diversas ações judiciais em andamento na comarca. Duas delas já foram julgadas e de forma desfavorável ao MP. Maria Aparecida segue colaborando com as investigações”, completa o advogado.
Documentos, notebooks, mídias e celulares foram apreendidos nos alvos investigados. “Alguns materiais ainda não chegaram no Gaeco”, diz coordenador do Gaeco.
De acordo com o coordenador, o próximo passo é analisar todo o material apreendido. “Iniciamos uma fase análise de dados. Isso não impede que durante a apuração dos materiais, novos alvos venham a surgir”, afirma.