O Conselho Municipal de Saúde de BH (CMS-BH) registrou, nesta segunda-feira (17), a primeira morte de um profissional de saúde da rede privada por COVID-19 na capital mineira. Aos 35 anos, Bruno Henrique de Souza deixou esposa, uma filha de 4 anos e um enteado de 14. Ele trabalhava no Hospital Belo Horizonte, localizado na Avenida Antônio Carlos, na altura do Bairro Cachoeirinha, Região Nordeste da cidade.
De acordo com Bruno Pedralva, membro do CMS-BH, Bruno estava internado há 37 dias no Hospital Metropolitano Doutor Célio de Castro, no Barreiro, também em BH.
"Trabalhava no CTI do Hospital Belo Horizonte e na Home Care Cuidar. Era filho de Dona Edna, da Comissão Local de Saúde do CS (Centro de Saúde) Granja de Freitas, uma lutadora pela vida, pelo SUS", escreveu Pedralva no Facebook.
Bruno Henrique de Souza é o oitavo profissional de saúde morto pela COVID-19 em Belo Horizonte. Todos eles eram técnicos em enfermagem, a função mais vulnerável a doença nos hospitais.
Além dele, nessa sexta-feira (14), Shirlene Alves, de 57 anos, servidora do Centro de Saúde Paraúna, em Venda Nova, morreu pela doença. Ela era mãe de dois filhos. Na última quarta (12), Josielle Ribeiro dos Santos, de 37, funcionária da UPA Centro-Sul e da Santa Casa BH, perdeu a vida infectada.
No último dia 8, também foi registrada a morte de José Célio da Silva. Ele não resistiu à enfermidade aos 54 anos e trabalhava na UPA do Hospital Odilon Behrens.
No fim de julho, no último dia 26, o técnico em enfermagem Gerônimo Batista Pires teve a morte por COVID-19 registrada. Ele trabalhava na UPA Barreiro.
Outras três mortes ocorreram em BH, porém na rede pública estadual: Maria Aparecida, que trabalhava no Hospital Alberto Cavalcanti; Renê Serafim Soares, servidor do HPS João XXIII; e Luiz Alberto Alves, funcionário da Maternidade Odete Valadares.
Linha de frente
Até o mais recente boletim epidemiológico, divulgado pela prefeitura nesta segunda-feira, Belo Horizonte registra 1.025 casos confirmados de COVID-19 entre servidores da saúde. Outros 183 diagnósticos estão em investigação.
Dos mais de 1 mil diagnósticos da doença entre servidores do SUS-BH, a prefeitura informa a categoria profissional de 507. Nesse universo, 178 (35,1%) são técnicos de enfermagem.
De acordo com levantamento, a cidade como um todo registra 28.649 diagnósticos até esta segunda: 3.058 em acompanhamento, 24.778 recuperados e 813 óbitos.