“A Santa Casa de Ouro Preto não tem estrutura física e nem recursos humanos para a instalação de novos leitos de UTI”, relata o secretário de saúde de Ouro Preto, Paulo Marcos da Silva.
O secretário ainda chamou atenção para um aumento do número de casos graves nos últimos 15 dias. “É um tempo de muita tensão. Estamos trabalhando com muita pressão sobre nosso sistema de saúde”, diz.
Segundo Paulo Marcos, a atividade mineradora na região traz grandes desafios. “A mineração é um mitigador do aumento de casos. Como é inerente da atividade, a maioria dos trabalhadores não usam máscaras e se aglomeram durante o trabalho”, explica. “Aumentamos a testagem desses trabalhadores e fazemos o isolamento rápido das pessoas contaminadas”.
O secretário de saúde de Itabirito, Dr. Marco Antônio Félix, conta que o município paga uma mensalidade para manter um leito de UTI de retaguarda na Santa Casa de Ouro Preto. “Eram 10 leitos, agora, cada município paga uma quantia por mês para manter os três leitos extras que foram criados”, explica.
Para o secretário de saúde de Ouro Preto, a melhor saída no momento é investir na criação de leitos semi-intensivos. “Solicitamos 10 novos respiradores e bombas de infusão ao estado para a microrregião. Assim podemos oferecer mais tranquilidade à nossa população”, relata.
Números da COVID-19 na microrregião
Até o momento, a prefeitura de Ouro Preto confirma 511 casos da COVID-19 no município e 18 óbitos pela doença. Mariana já contabiliza 1.878 casos e 14 mortes confirmadas. Em Itabirito são 1.468 registros e 12 vítimas fatais.
Entre os três municípios, Ouro Preto possui a maior taxa de letalidade, 9,18%. A taxa de Mariana chegou a 1,11%, enquanto a de Itabirito está em 0,80%.