Bares, restaurantes e até mesmo o Shopping do Vale, que estava fechado desde 21 de março poderão reabrir a partir desta quarta-feira (19) em Ipatinga por força de um decreto publicado pela prefeitura nesta terça (18), no fim da tarde. A publicação do decreto, de acordo com a prefeitura, está fundamentada em dados epidemiológicos favoráveis. O documento, que detalha horários e dias específicos, assim como normas sanitárias a serem seguidas, também levou à população as instruções quanto ao funcionamento de feiras-livres.
A flexibilização que começa a ser posta em prática nesta quarta (19), tem o apoio de técnicos do governo, na prerrogativa dada pelo Comitê Extraordinário COVID-19 de Minas Gerais, por meio da Deliberação 78, para que, em determinadas microrregiões, de acordo com a conveniência, os municípios possam editar normas específicas em sua política de combate à doença.
A prefeitura informou que foi feita uma reavaliação dos indicadores epidemiológicos do município, levando em conta os números locais, ao invés de considerar as métricas da microrregião, que tabulam também a assistência prestada na cidade a pacientes de mais de uma dezena de outros municípios.
Dias e horários
De acordo com o novo Decreto Municipal, o Shopping Vale do Aço poderá reabrir a partir desta quarta-feira (19), de segunda a sexta-feira, no horário de 12h às 21h. Como já acontece no comércio de rua, aos sábados o shopping terá de fechar as portas, como forma de minimizar possíveis aglomerações com movimento de compradores vindos de cidades vizinhas. Mesmo assim, nos dias úteis, há limitações a serem cumpridas pelo shopping em relação ao funcionamento da praça de alimentação, que deverá ter apenas 50% de suas mesas em operação.
Bares, restaurantes e lanchonetes poderão funcionar de segunda a segunda. Os bares e os restaurantes devem obedecer ao horário será de 10h às 23h. As lanchonetes poderão abrir de 6h às 21h. Em relação às feiras-livres, a prefeitura permitirá o funcionamento aos sábados. Nas feiras-livres que já estavam autorizadas a funcionar em dias e locais alternados, as vendas estão liberadas agora até às 22h, em se tratando das que funcionam em horários noturnos.
Números positivos
A Secretaria Municipal de Saúde de Ipatinga apresentou nesta terça-feira (18) uma série de números positivos no combate à COVID-19, e foram esses dados os principais instrumentos para a tomada de decisão. A taxa de transmissibilidade, que atingiu o índice de 1,99 no pico da pandemia, no mês de julho, recuou para 0,96, e agora se mantém abaixo de 1 por três semanas consecutivas.
A média de ocupação de leitos UTI/COVID/SUS, levando em conta apenas os pacientes de Ipatinga, se mantém numa média abaixo de 50%. Na enfermaria, considerando o mesmo critério, o índice está abaixo de 40%. Nesta terça-feira, entre os internados nos leitos de UTI/COVID/SUS no município, havia 17 pacientes de outras cidades e apenas 18 de Ipatinga.
Ainda segundo demonstrou a Secretaria Municipal de Saúde, vem caindo significativamente na cidade a taxa de letalidade, assim como os números diários e semanais de novos casos confirmados. A velocidade da contaminação também desacelerou. Desde o pico da pandemia no município, entre 28 de junho e 4 de julho, há queda na média móvel de casos ativos. Esta média se apresenta estável há 14 dias e registra redução há nada menos que sete semanas, mostraram os técnicos.
Hospital de Retaguarda
Diante dos números atuais apurados, a prefeitura anunciou, também nesta terça-feira (18), a desativação do Hospital de Retaguarda, que foi montado para uma eventual necessidade emergencial nas dependências da Escola Estadual Canuta Rosa, no Bairro Cidade Nobre, próximo ao Hospital Municipal.
As instalações agora se revelam dispensáveis, já que a cidade, há vários dias, registra baixa ocupação da estrutura hospitalar antes existente. O Hospital de Retaguarda foi montado com equipamentos do próprio município e a colaboração de outras cidades da microrregião, sem utilização de qualquer recurso federal ou estadual direcionado à COVID-19.
As instalações agora se revelam dispensáveis, já que a cidade, há vários dias, registra baixa ocupação da estrutura hospitalar antes existente. O Hospital de Retaguarda foi montado com equipamentos do próprio município e a colaboração de outras cidades da microrregião, sem utilização de qualquer recurso federal ou estadual direcionado à COVID-19.