Jornal Estado de Minas

CORONAVÍRUS EM BH

Ocupação de leitos cai em BH, mas transmissão da COVID-19 segue em alta


A taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados a pacientes com COVID-19 caiu de 63% para 61,3% entre terça e quarta-feira, segundo boletim epidemiológico emitido pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.



Contudo, o Rt, número médio de transmissão por infectado (que mede para quantas pessoas cada infectado leva a doença) teve leve alta, passando de 1 para 1,01

Ambos os indicadores estão em nível ‘amarelo’ da escala de risco (clique aqui para entender como funcionam os indicadores).

A análise desses indicadores (Rt e ocupação de leitos de UTI) e, ainda, da ocupação de leitos de enfermaria – que caiu de 48,6% para 48,5% de terça para quarta – baseia as decisões do prefeito Alexandre Kalil (PSD) e do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 sobre o avanço ou não na reabertura do comércio de Belo Horizonte.

Os níveis de alerta verde, amarelo ou vermelho podem indicar a possibilidade de avanço para uma próxima fase, a permanência na fase atual ou um retorno a situações mais restritivas.

A Prefeitura de Belo Horizonte convocou entrevista coletiva para esta quinta-feira, às 14h, para tratar da gestão da COVID-19.



Ocupação de leitos de UTI, de enfermaria e número médio de transmissão do coronavírus por infectado são os indicadores observados pela PBH para decidir sobre a reabertura do comércio (foto: PBH)

Variação de indicadores

A taxa número médio de transmissão por infectado (Rt) vem aumentando seguidamente nos últimos dias. Passou de 0,91 (na última sexta-feira) para 0,99 nessa segunda. Na terça, passou da escala verde para a amarela atingindo nível 1, até chegar aos 1,01 desta quarta-feira.

Em compensação, a ocupação dos leitos de UTI COVID-19 está caindo. De acordo com o boletim da última sexta, o índice era de 64,6%. O percentual baixou para 63,8% (segunda), 63% (terça) e 61,3% (nesta quarta).

Belo Horizonte dispõe de 1.824 leitos de UTI, sendo 741 destinados exclusivamente a pacientes com COVID-19 e 1.083 para pessoas com outras enfermidades. Desse total, 1.089 leitos são da rede pública e 735 de hospitais particulares.

A capital mineira tem 29.690 casos confirmados de COVID-19, com 855 óbitos. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 25.776 pessoas já se recuperaram da doença e 3.059 pacientes estão em acompanhamento.

Entre os mortos pela COVID-19, 698 (81,6%) tinham mais de 60 anos, 136 (15,9%) tinham entre 40 e 59 anos e 21 (2,5%) tinham idade entre 20 e 39. Do total de 855 vítimas fatais da doença, 476 eram homens e 379, mulheres.