Jornal Estado de Minas

EMBATE

Em dia de decisão sobre possível reabertura, lojistas seguem pressionando Kalil

Está marcada para às 14h desta quinta (20) a coletiva em que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) deverá anunciar as novidades no plano de flexibilização do funcionamento do comércio na capital. Diante dos impasses, representantes do terceiro setor seguem pressionando para que o Executivo amplie as autorizações de funcionamento do comércio na capital.





Em nota divulgada na manhã desta quinta-feira (20), a CDL/BH (Câmara de Dirigentes de Lojistas de Belo Horizonte) lamenta que a capital "completa exatos cinco meses de fechamento do comércio" e classifica como "a maior quaretena do mundo". A afirmação é no mínimo controversa, já que a capital argentina, Buenos Aires, passou 120 dias seguidos sem nenhum tipo de flexibilização - diferente de Belo Horizonte, que ensaia retomadas desde maio.
 
Os representantes dos lojistas ainda julgam como insuficientes os três dias da semana em que a abertura do comércio está autorizada. "É uma ação que ameniza, mas que não socorre a economia da cidade, que tem nos setores de comércio e serviços 72% de seu Produto Interno Bruto (PIB)", diz a nota.
 
A nota destaca ainda a situação dos bares e restaurantes, que não foram incluídos em nenhum dos planos de reabertura da cidade.





"Estamos falando da capital mundial dos bares que, até o momento, é a única cidade do mundo com bares e restaurantes fechados por tanto tempo. Os indicadores que a Prefeitura tem como referência para a flexibilização nos mostram que a reabertura já é possível", afirma Marcelo de Souza e Silva, presidente da CDL/BH.

A nota ainda compara a situação de Belo Horizonte com outras capitais brasil afora que já permitiram a reabertura de restaurantes e bares, como Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Recife e Salvador. Assim como em BH, ainda não é possível afirmar que a pandemia está controlada nessas cidades.

Segundo os dados mais recentes da Prefeitura, divulgados nessa quarta-feira (19), Belo Horizonte tem 29.690 casos confirmados e 855 óbitos por COVID-19. A transmissão do vírus estava em uma tendência de controle na capital, até que os dados de ontem mostraram, também, uma aceleração na velocidade da propagação da doença.