Foi preso nessa quarta-feira em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, um homem de 36 anos condenado por estupro de vulnerável. O crime ocorreu em 2009 em Betim, na Grande BH. Na época, a vítima tinha apenas 2 anos, mas conseguiu relatar o abuso. A delegada responsável pela prisão faz um alerta à sociedade para que as pessoas estejam atentas às crianças para evitar esse tipo de caso e identificar vítimas.
Segundo a Polícia Civil, o homem era vizinho da criança da qual abusou sexualmente. Ela foi levada para a casa dele e, depois, encontrada pela mãe com as roupas sujas de sangue.
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“A pessoa tem que ser responsabilizada. Neste caso demorou, mas ele vai cumprir a pena dele. É preciso pelo menos diminuir a possibilidade de essas pessoas cometerem crimes semelhantes com outras vítimas. Quando há responsabilização, é mais difícil que ela cometa”, enfatiza a delegada. Ela reforça que repercussão incentiva outras vítimas a ter coragem para denunciar a violência.
Alerta aos pais e responsáveis
A delegada da Deam de Betim diz que pais ou responsáveis devem trabalhar para manter um diálogo aberto com as crianças e adolescentes. “Eles são seres em desenvolvimento. É normal a criança que sofre abuso se sentir culpada, envergonhada, sentir medo do autor, até por ameaça. Se os pais não deixarem os filhos à vontade para relatar qualquer coisa, isso não vai ser falado, ou talvez muito mais tarde”, afirma.
Ariadne Elloise orienta que os adultos estejam atentos aos sinais. “Não é só a criança não querer ir para a casa de alguém. Tem que procurar saber porque ela não quer ir, perguntar se aconteceu alguma coisa. Ver mudanças na escola. Às vezes a vítima começa a regredir, fica mais chorosa, mais isolada. É complicado porque pode levar até a uma tentativa de suicídio, porque o trauma emocional e físico é muito grande”, diz a delegada.
Ela também explica que os pais devem monitorar o acesso das crianças e adolescentes à internet, pois é grande o caso de crimes virtuais dessa natureza. “Eu sei que na vida moderna fica todo mundo na correria, mas o amor requer cuidado e proteção”, conclui.