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Estado de Minas PANDEMIA

Secretário de Saúde de BH explica recusa por Hospital de Campanha de MG: 'Quem pariu Mateus que o embale'

Jackson Machado Pinto disse que a administração municipal não tem interesse em gerir o equipamento, erguido pelo governo estadual


20/08/2020 15:24 - atualizado 20/08/2020 18:43

Inaugurado no início da pandemia, espaço no Expominas ainda não recebeu pacientes.(foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Inaugurado no início da pandemia, espaço no Expominas ainda não recebeu pacientes. (foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)
Erguido em abril para acolher pacientes internados em virtude do novo coronavírus, o Hospital de Campanha do Expominas, na Gameleira, em Belo Horizonte, segue fechado. Nesta quinta-feira, durante o anúncio da flexibilização do comércio na capital, o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, disse que o governo estadual ofereceu o espaço à administração de BH. A oferta, contudo, foi recusada.

“Temos 49,2% de ocupação dos nossos leitos de enfermaria. Vou receber 700 (740, na verdade) leitos de enfermaria para quê? Para livrá-los do pepino que criaram? Não tem o menor sentido. Não precisamos de 700 leitos de baixa complexidade. É simples assim. ‘Quem pariu Mateus que o embale’ Se querem ficar livres do problema, eles que resolvam. Não seremos nós que vamos resolver o problema que eles criaram”, disse, fazendo menção a um conhecido ditado popular.

Com custo de R$ 5,3 milhões, o Hospital de Campanha foi projetado para oferecer 740 leitos de enfermaria e 28 de estabilização. A casa de saúde provisória é de responsabilidade do governo de Romeu Zema (Novo).

Nesta semana, o Executivo estadual anunciou que os profissionais contratados para o espaço passarão a compor a rede de atendimento das unidades ligadas à Federação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).

‘Legado' para a cidade 

Segundo Jackson, Belo Horizonte optou por encorpar a rede hospitalar já existente — em vez de criar um espaço de campanha — como forma de deixar um legado à população.

“Belo Horizonte fez a opção de não fazer hospital de campanha, pois achamos que deve ficar um legado para a cidade nos hospitais que já funcionam. Os leitos que foram criados vão ficar para a população. O hospital de campanha ‘vai embora’. Agora, não nos interessa o hospital de campanha mais”, completou.

O chefe da saúde municipal afirmou, ainda, ter sugerido ao governo a utilização do Hospital do Expominas como área de acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade social vindas de outras cidades mineiras.


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