Jornal Estado de Minas

CENTRO-OESTE

Fogo na Serra da Canastra consumiu área equivalente a 33 mil campos de futebol

O incêndio no Parque Nacional da Serra da Canastra, na região de São Roque de Minas, no Centro-oeste de Minas, foi controlado na tarde dessa quinta-feira (20). O fogo começou no último sábado (15). De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), o parque tem 71.525 hectares demarcados. As chamas consumiram cerca de 24 mil hectares da área, o equivalente a mais de 33 mil campos de futebol.





 

Ao todo, 73 pessoas atuaram no combate às chamas, entre brigadistas dos Parques Nacionais da Serra do Cipó, Serra dos Órgãos e do Caparaó, além do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF), que atuam no âmbito da força tarefa Previncêndio do estado.

 

A concentração dos esforços ocorreu na frente denominada %u201CZé Carlinhos%u201D (foto: CBMMG/divulgação )
Segundo o Corpo de Bombeiros, o clima seco dificultou o trabalho no local. “Após o sobrevoo de reconhecimento, para análise da situação atual do incêndio, foram mobilizadas inicialmente 15 equipes de combate com três componentes cada, entre bombeiros, militares e brigadistas. A concentração dos esforços ocorreu na frente denominada “Zé Carlinhos”, para combate e monitoramento de uma linha de fogo lá existente”, explica o capitão Thiago Augusto Pereira.

 

Na parte da tarde, as equipes fizeram novos sobrevoos para avaliação do cenário. “Posteriormente, foram realizados novos sobrevoos com o Comando da operação. Foi constatado que os focos de incêndios existentes foram extintos, o que veio a representar o sucesso da operação. Ao final, iniciou-se a desmobilização e realização de registros finais”, disse.





 

O Instituto explicou por meio de nota que as aeronaves “Air Tractors” devem permanecer acionadas de forma estratégica, para casos de emergências que possam surgir nos próximos dois dias.

 

O Parque Nacional da Serra da Canastra está fechado desde março por conta da pandemia de COVID-19. O chefe do parque, Carlos Henrique Bernardes, acredita que o incêndio tenha sido provocado, mas a suspeita ainda vai ser investigada.