Jornal Estado de Minas

INVESTIGAÇÃO

Operação na Câmara de BH também envolve PM e ex-agente penitenciário


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concedeu uma coletiva de imprensa para falar sobre a operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (21) em Belo Horizonte, região metropolitana e no Centro-Oeste do estado. Um dos mandados de apreensão foi cumprido no gabinete do vereador Ronaldo Batista (PSC) 
na Câmara Municipal da capital durante a manhã.



As investigações apuram um crime de homicídio, cuja investigação ainda está em segredo de Justiça. Durante o pronunciamento, a polícia informou que, entre os alvos da operação, ainda havia um soldado da Polícia Militar que estava na ativa, um ex-agente penitenciário e dois sobrinhos dele. Os quatro foram presos.

A ação contou com 200 policiais civis, 50 viaturas e apoio aéreo para cumprir 21 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão em Belo Horizonte e região metropolitana. Um mandado de prisão ainda está em aberto. A Polícia Civil não confirmou quem seria o quinto envolvido.

De acordo com a delegada-geral Letícia Gamboge, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), houve apreensão de dispositivos informáticos, dinheiro e arma de fogo, mas ela não especificou em qual local. "A investigação ainda está em andamento e tramita em segredo de Justiça. Com a conclusão dessa investigação, vamos dar outros detalhes", disse.





Segundo o delegado Emerson Morais, chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, “trata-se de um consórcio criminoso” e a divulgação de detalhes neste momento inicial das investigações poderia atrapalhar a polícia a identificar pessoas ligadas ao grupo.

Ainda de acordo com Morais, outros suspeitos podem estar ligados à logística do crime, desde os atos preparatórios até a execução.

O subcorregedor da Polícia Militar, tenente-coronel Gláucio Porto Alves, informou que o policial envolvido no caso já foi encaminhado a uma unidade militar prisional. “Não compactuamos e vamos aguardar as investigações para dar prosseguimento aos trâmites legais”, afirmou. 

Buscas no gabinete


Mais cedo, policiais civis estiveram no gabinete do parlamentar. A reportagem do Estado de Minas esteve no local e registrou os policiais recolhendo várias CPUs. A assessoria de Batista informou que ele está contribuindo com as investigações.

Durante a entrevista coletiva, os advogados do vereador estavam na delegacia, mas ainda não sabiam do que se tratava o caso.