Um surto de COVID-19 foi registrado no abrigo de idosos Frederico Corrêa, em Itapecerica, região Centro-Oeste de Minas Gerais. Dos 68 assistidos pela instituição, 24 testaram positivo.
A testagem em massa foi realizada após os testes feitos em um morador e em um colaborar apontarem que eles haviam tido contato com o vírus.
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Na ação realizada na quinta-feira (20), foram testados todos os colaboradores e abrigados. Dos 30 novos testes realizados nos funcionários, nenhum resultado foi positivo. O único confirmado para a doença está afastado e em isolamento, seguindo as medidas sanitárias.
“Com relação aos abrigados, alguns testaram positivo. No entanto, todos assintomáticos, passando bem, sem nenhuma manifestação grave da doença”, informou a instituição.
Segundo o abrigo, as medidas para tratamento e isolamento desses abrigados já estão sendo tomadas, seguindo os padrões sanitários aplicáveis. Dos idosos testados positivos, 15 estão em isolamento e outros nove são considerados recuperados.
Em nota, a instituição disse que o momento não é “para pânico (...) muito menos para a repercussão de inverdades que só prejudicam o bom andamento da instituição”. Desde o início da pandemia as visitas de quaisquer natureza estão suspensas no abrigo e todas as condutas sanitárias exigidas estão sendo rigorosamente atendidas.
“Infelizmente lutamos contra um inimigo invisível e com um poder de contágio nunca visto. É hora de aumentar os cuidados, de união, de solidariedade e, sobretudo, de oração, para que Deus fortaleça a cada um no seu ofício e leve esperança aos corações tão angustiados com esse mal nunca vivido pela humanidade”, finalizou.
Novas medidas de restrição
O aumento de confirmações deixou as autoridades em saúde em alerta. O último boletim divulgado pela secretaria municipal de Saúde apontam 41 casos do novo coronavírus na cidade. Entretanto, o número ainda não inclui os do abrigo e nem alguns feitos em moradores da cidade. O balanço atualizado deve ser publicado ainda neste sábado (22).
A secretária de saúde Lara Dias classificou a situação atual como “desconfortável”. Com média de 10 novas confirmações por semana, segundo ela, é hora de pisar no freio. “Itapecerica não tem um hospital dentro do município referência para COVID-19, temos que mandar para fora”, explica. Na cidade há cinco leitos de Unidade de Centro Intensivo (UCI).
“O paciente pode ficar entubado até que a vaga saia em um hospital referência, mas a gente entende que não podem ter muitos casos de uma vez. É hora de colocar o pé no freio, por isso que o município soltou novo decreto restringindo”, explica.
Novas limitações de público nos estabelecimentos comerciais foram impostas, assim como o horário de funcionamento variando de acordo com o segmento. O decreto ainda estabelece sistema de escala e revezamento para empresas com mais de 20 funcionários. “Vamos estudar se haverá um outro decreto mais restritivo daqui oito dias ou não”, frisou Lara. A decisão será tomada junto com o Comitê de Enfrentamento ao novo coronavírus.
Itapecerica optou, até o momento, em não aderir ao programa Minas Consciente do governo do Estado. “Não aderiu por um questionamento meu. Ele ia nos colocar na onda amarela e ela restringia academia e não bares. Isso seria um conflito social no município”, esclarece. Com a mudança no protocolo que permite o funcionamento do setor, a cidade irá avaliar a possibilidade de adesão.
Apoio ao abrigo
Segundo a secretaria de saúde, o município tem dado todo o apoio ao asilo. A orientação foi para que todos aqueles identificados com a doença, embora assintomáticos, fiquem em isolamento.
O que é o coronavírus
Coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus (COVID-19) foi descoberto em dezembro de 2019, na China. A doença pode causar infecções com sintomas inicialmente semelhantes aos resfriados ou gripes leves, mas com risco de se agravarem, podendo resultar em morte.
Vídeo: Por que você não deve espalhar tudo que recebe no Whatsapp
Como a COVID-19 é transmitida?
A transmissão dos coronavírus costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão, contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.Vídeo: Pessoas sem sintomas transmitem o coronavírus?
Como se prevenir?
A recomendação é evitar aglomerações, ficar longe de quem apresenta sintomas de infecção respiratória, lavar as mãos com frequência, tossir com o antebraço em frente à boca e frequentemente fazer o uso de água e sabão para lavar as mãos ou álcool em gel após ter contato com superfícies e pessoas. Em casa, tome cuidados extras contra a COVID-19.Vídeo: Flexibilização do isolamento não é 'liberou geral'; saiba por quê
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam:
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Vídeo explica por que você deve 'aprender a tossir'
Mitos e verdades sobre o vírus
Nas redes sociais, a propagação da COVID-19 espalhou também boatos sobre como o vírus Sars-CoV-2 é transmitido. E outras dúvidas foram surgindo: O álcool em gel é capaz de matar o vírus? O coronavírus é letal em um nível preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar várias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS não teria condições de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um médico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronavírus.Coronavírus e atividades ao ar livre: vídeo mostra o que diz a ciência
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