A queda de braço entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Associação Brasileira dos Bares, Restaurantes e Lanchonetes (Abrasel) ainda está longe de um desfecho ou entendimento. Na manhã deste sábado (22), os comerciantes ainda comemoravam o mandado de segurança concedido pela Justiça em favor do retorno do funcionamento, quando a PBH emitiu nota em que afirma que a decisão não permite o retorno dos estabelecimentos.
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"Diante disso, ao contrário do afirmado, não vigora, no momento, qualquer decisão que liberaria o retorno às atividades dos bares e restaurantes da Capital, de forma diversa da determinada pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio do Decreto nº 17.416 de 20/08/2020", informou a PBH.
Abrasel mantém posição
A Abrasel mantém sua posição de que o juiz determinou que os estabelecimentos possam voltar a funcionar e afirma que a PBH está interpretando a cassação de uma liminar que tinha sido concedida antes do mandado de segurança dos associados, mas que as duas peças jurídicas não têm relação direta.
"Entendemos que o efeito da decisão em primeira instância está em pleno vigor, uma vez que o juiz não se pronunciou sobre a suspensão da (primeira) liminar e por isso, por mais que tenha confrontado a decisão do presidente do Tribunal de Justiça, está valendo a decisão dele. Até que sobrevenha uma decisão em sentido contrário, por meio de uma reclamação para a reforma de uma decisão. O juiz deu uma sentença favorável à reabertura do comércio. Por ser competente para tal deve ser observada pela administração pública, que pode recorrer", afirma a Abrasel.