Jornal Estado de Minas

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Bares e restaurantes antecipam reabertura da PBH e até vendem bebida alcoólica

Mesas postas para receber os clientes já neste domingo, em Belo Horizonte, enquanto a queda de braço entre a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) segue sem desfecho e sem muito entendimento. De um lado, a administração reiterou a abertura das 11h às 15h, de segunda a sexta-feira, e sem a venda de bebidas alcoólicas para consumo no local. Do outro, a Abrasel afirma que está autorizada a reabrir bares e restaurantes desde sábado.





 

Sendo assim, de acordo com a PBH, para retomar o atendimento ao público, os restaurantes precisarão seguir uma série de normas, como a permanência de apenas uma pessoa a cada cinco metros quadrados. Além disso, os estabelecimentos terão que garantir um distanciamento mínimo de dois metros entre as mesas e de um metro entre os ocupantes na mesma mesa, com uma capacidade máxima de quatro pessoas por mesa.

Neste domingo, a reportagem do Estado de Minas flagrou o funcionamento de um restaurante na Avenida Brasil, no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Duas pessoas já faziam refeição dentro do estabelecimento, descumprindo a norma da PBH que diz que a reabertura só pode ocorrer a partir de segunda-feira. O dono do restaurante não quis comentar.

Na Praça da Savassi, também na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, um garçom abordou a equipe de reportagem para oferecer: "uma cervejinha gelada?", perguntou. Além de terem iniciado a retomada no domingo, já estavam servindo bebida alcoólica. No fim da tarde, seis pessoas se arriscaram, sem máscaras, a beber enquanto um jogo era transmitido no telão. O dono de um dos estabelecimentos não quis conversar com a equipe de reportagem.





Nota  

A Subsecretaria de Fiscalização da Prefeitura de Belo Horizonte informou, por meio de nota, que e as ações fiscais para a verificação de estabelecimentos que estão descumprindo a legislação estão sendo realizadas diariamente na cidade por uma equipe composta por cerca de 600 pessoas, entre fiscais, diretores, gerentes e agentes de campo. Os profissionais se revezam em campo, em escala e em plantões no Centro de Operações da Prefeitura (COP-BH).

O descumprimento das regras pode resultar no recolhimento do Alvará de Localização e Funcionamento (ALF) do estabelecimento. Se o mesmo insistir, a Subsecretaria de Fiscalização pode interditar o estabelecimento. E se houver o descumprimento da interdição pode ser aplicada multa no valor de R$ 17.614,57.

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