A partir da próxima quinta-feira (27), cerca de 60 militares do Corpo de Bombeiros devem retomar as buscas pelas 11 vítimas que seguem desaparecidas na tragédia do rompimento da Barragem B1, da Mina Córrego do feijão, operada pela Vale em Brumadinho, na Região Metropolitana de BH. Os trabalhos haviam sido paralisados no dia 21 de março em função da pandemia do novo coronavírus.
Durante a parada pela COVID-19, melhorias foram feitas no local das buscas e base dos militares. O Corpo de Bombeiros conseguiu a aprovação do protocolo que regulamenta a retomada da atividade de busca em Brumadinho após várias tratativas com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e demais órgãos envolvidos.
De acordo com a Vale, enquanto a operação de resgate estava suspensa, várias melhorias foram feitas no perímetro de buscas, como ajustes nos acessos e na drenagem das áreas impactadas, assim como adequações na Base Bravo, que abriga os oficiais que atuam na busca das 11 vítimas desaparecidas, em conformidade com os protocolos aprovados pelo Comitê Extraordinário COVID-19.
Nesta terça-feira (25), completa-se um ano e sete meses da tragédia, que deixou 259 mortos, além dos 11 desaparecidos que o Corpo de Bombeiros tenta encontrar.
Para realizar os trabalhos, os bombeiros seguirão uma série de normas que evitam a disseminação da COVID-19. Confira as principais abaixo.
- Os militares que se enquadram nos grupos de risco não deverão ser escalados para a operação;
- Se o militar apresentar qualquer sinal ou sintoma de resfriado ou gripe, ele deverá informar ao seu chefe direto e procurar o serviço de saúde imediatamente;
- Obrigatoriedade do uso de máscara cobrindo nariz e boca e óculos de proteção durante todo o período do transporte, inclusive dentro do veículo;
- Deverá ser verificada a temperatura de cada militar, diariamente, antes do embarque ou empenho matinal e ao término do empenho. Se for verificado febre, deverá ser encaminhado ao médico para avaliação;
- Higienizar as mãos com água e sabão ou álcool gel a 70% com periodicidade mínima de 2 horas, ou a qualquer momento dependendo da atividade realizada;
- Utilizar os equipamentos de proteção individual disponibilizados, da forma correta;
- Higienizar os equipamentos com álcool a 70% ou conforme orientação do fabricante.