Ao ser perguntado pela imprensa sobre o impacto das fake news no combate à pandemia em Minas, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse que "fake news, embora exageradas, fazem parte da liberdade de expressão". "Todas as pessoas podem e devem se expressar. Eu entendo também que isso faz parte da democracia. Tenho visto que a sociedade está mais crítica ao consumir a informação", disse.
Durante entrevista coletiva, nesta segunda-feira (24), o secretário ressaltou o trabalho da Secretaria de Estado de Saúde para levar ao cidadão informações de qualidade. "Temos tentado, reiteradas vezes, trazer informação de qualidade na entrevista coletiva, nas entrevistas a vários meios de comunicação, em lives e videoconferências. Tentamos ser uma fonte de qualidade de informação", disse.
De acordo com Carlos Amaral, a sociedade tem ponderado em relação a "informações fragmentadas, conclusões precoces, conclusões inadequadas às vezes até maliciosas", mas, mais uma vez, reiterou que as fake news fazem parte da democracia. No entanto, disse que a secretária faz um contraponto às notícias falsas. "Nós aqui, como gestores públicos, temos que ser uma referência para aquelas pessoas que querem informação de qualidade", concluiu.
O entendimento do secretário vai em direção contrária ao Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 18 de junho, com decisão da maioria, instaurou inquérito para investigar fake news e organizações criminosas. Também foram constituidas agências de verificação dos fatos que fazem o trabalho de checagem das fake news. As notícias falsas podem trazer danos, principalmente quando relacionadas às questões de saúde pública.