Três pessoas foram presas em flagrante, na última quarta-feira (19), suspeitas de aplicar o golpe conhecido como “Laranja Mecânica” em Belo Horizonte. A Polícia Civil deu detalhes da ação na manhã desta segunda-feira (24). Segundo a corporação, os presos pertencem a uma organização criminosa que atuava em Minas Gerais e teria causado um prejuízo de, aproximadamente, R$ 500 mil.
As investigações iniciaram há seis meses, quando a 2ª Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Furto e Roubo (Depatri) tomou conhecimento de que uma quadrilha especializada em crimes de estelionatos contra empresas de alimentos estaria atuando no estado.
Segundo a Polícia Civil, a associação criminosa era composta por sete indivíduos, porém, o suspeito de comandar a quadrilha, de 38 anos, morreu em decorrência da COVID-19, em março deste ano, assumindo a liderança o “braço direito” dele no grupo.
O golpe
De acordo com as investigações, os criminosos abriam várias empresas em nome de “laranjas” e agiam de forma lícita durante um tempo. Após adquirirem um alto valor de crédito em grandes empresas de alimentos, eles faziam a aquisição dos produtos e, depois, fechavam o estabelecimento sem quitar o pagamento com os fornecedores. Esse golpe é conhecido como “Laranja Mecânica”.
O delegado responsável pelo inquérito policial, Gustavo Barletta, explica que “esse golpe é de difícil detecção, pois a empresa é aberta de forma correta e os criminosos possuem todas as notas fiscais dos produtos. Apenas com uma investigação mais aprofundada é possível constatar que se trata de algo ilícito”.
Três foragidos
A Polícia Civil informou que, na última quarta-feira (19), foram presos o suspeito de liderar o grupo, de 41 anos, assim como o homem de confiança dele, de 39, e o funcionário de uma grande empresa fornecedora do ramo de bebidas, de 40. Os outros três investigados não foram encontrados.
Ainda segundo a polícia, produtos alimentícios foram apreendidos e serão restituídos assim que as vítimas comprovarem a propriedade deles. Os três suspeitos presos em flagrante devem responder por associação criminosa e estelionato. As investigações continuam para identificar todas as vítimas e prender os demais envolvidos.