Uma conexão entre traficantes de Minas Gerais e Espírito Santo está sendo investigada pela Polícia Federal de Governador Valadares. O delegado Christian Del Cantoni, da PF, que coordena as investigações da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), formada pelas polícias Civil, Militar, Penal e Rodoviária Federal, disse que está trabalhando para identificar os envolvidos.
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Entre os insumos encontrados, possivelmente para a a fabricação de crack, os agentes identificaram cal, esterco e até substâncias venenosas. De acordo com a Polícia Federal, os materiais apreendidos foram avaliados em quase R$ 2 milhões.
Outros dois homens foram presos fora do laboratório. Um era dono da propriedade e disse aos policiais que apenas alugava a casa e parte das terras, sem saber o que os inquilinos faziam no local. Outro foi preso em uma caminhonete, na qual camuflava drogas na tampa traseira.
Durante a prisão em flagrante, um dos homens disse que a droga produzida em Mathias Lobato era distribuída em cidades do Vale do Rio Doce, Vale do Aço e do Espírito Santo, sem informar quais cidades. O delegado Cantoni disse que a partir de agora vai investigar a atuação de cada um dos detidos e identificar as cidades e locais onde distribuíam a droga. “Com certeza são funcionários do tráfico, e a investigação vai esclarecer toda a conexão”, disse. O delegado da PF disse que está a frente do caso por causa da interestadualidade dos crimes, mas fez questão de ressaltar o mérito de todas polícias que integram a Ficco.
Os detidos foram autuados em flagrante na Delegacia Regional da Polícia Federal em Governador Valadares, e levados para o presídio de Tarumirim, a 75 quilômetros de Valadares. A abordagem e condução dos presos foram feitas de acordo com os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do novo coronavírus.