Jornal Estado de Minas

DISQUE DENÚNCIA

Apreensão de drogas e armas deve ser maior neste ano, segundo projeções da PM

Números da Rotam (Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas) da Polícia Militar de Minas Gerais apontam um crescimento na apreensão de drogas e armas em 2020, em relação ao ano anterior, em Belo Horizonte. A informação é do major Lúcio Ferreira da Silva Neto, subcomandante do órgão.





Segundo ele, a maior parte dos crimes está associada às drogas. “As gangues usam armas, muitas vezes adquiridas com roubo e furto. Muitos homicídios são acerto de contas do tráfico de drogas, numa disputa entre traficantes ou no acerto com usuários”, afirma o major.

Os números apontam uma proximidade muito grande em apenas sete meses e meio de 2020, em relação a 2019. A apreensão de maconha se sobressai em relação a armas, cocaína e dinheiro apreendido pela Rotam. De janeiro até agora, foram apreendidas perto de 7 toneladas, quase 10 vezes mais que em 2019.

O total de cocaína apreendido está muito próximo. Em 2019, foram apreendidos 147 quilos. Em 2020, de janeiro até agora, foram 135 quilos.

O número de armas apreendidas também está próximo. Em 2019, a Rotam recuperou 2.100 armas. Em sete meses e meio de 2020, foram 1.840 armas apreendidas.





O montante em dinheiro apreendido com traficantes também ultrapassa o total de 2019. No ano passado, foram apreendidos R$ 640 mil. Em 2020, R$ 667 mil.

Segundo o subcomandante, dois aspectos são importantes para uma maior eficiência. “Em primeiro lugar, está a atuação do serviço de inteligência. Mas outro aspecto é muito importante, o aumento da confiança da população na Polícia Militar, o que resulta numa parceria.”

Segundo ele, grande parte desse trabalho é consequência do disque-denúncia. “Esse serviço existe desde 2005 e faz parte do sistema de defesa social, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e Ministério Público. E o serviço mostrado, até agora, fez com que a sociedade adquirisse confiança na PM e passasse a fazer as denúncias, o que significa uma parceria muito importante. Quanto mais resultados são vistos, maior a confiança.”

O momento atual, segundo o major Lúcio, a pandemia, de certa forma foi favorável para o aumento do número de denúncias, pois as pessoas estão ficando mais em casa. “Experimentamos uma redução no numero de assaltos, o que se deve ao fato de o comércio estar fechado. Isso parece ter feito com que criminosos mudassem de ramo de atuação, o que pode ter aumentado o investimento do mundo do crime nas drogas”, avalia o militar.