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Estado de Minas DISQUE DENÚNCIA

Apreensão de drogas e armas deve ser maior neste ano, segundo projeções da PM

Segundo o subcomandante da Rotam, major Lúcio Ferreira da Silva Neto, de janeiro até agora foram apreendidas 7 toneladas de maconha na capital, quase 10 vezes mais que em 2019


24/08/2020 17:27 - atualizado 24/08/2020 18:38

Números da Rotam projetam crescimento na apreensão de drogas e armas em 2020, em relação a 2019, em BH(foto: Divulgação/Polícia Militar)
Números da Rotam projetam crescimento na apreensão de drogas e armas em 2020, em relação a 2019, em BH (foto: Divulgação/Polícia Militar)
Números da Rotam (Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas) da Polícia Militar de Minas Gerais apontam um crescimento na apreensão de drogas e armas em 2020, em relação ao ano anterior, em Belo Horizonte. A informação é do major Lúcio Ferreira da Silva Neto, subcomandante do órgão.

Segundo ele, a maior parte dos crimes está associada às drogas. “As gangues usam armas, muitas vezes adquiridas com roubo e furto. Muitos homicídios são acerto de contas do tráfico de drogas, numa disputa entre traficantes ou no acerto com usuários”, afirma o major.

Os números apontam uma proximidade muito grande em apenas sete meses e meio de 2020, em relação a 2019. A apreensão de maconha se sobressai em relação a armas, cocaína e dinheiro apreendido pela Rotam. De janeiro até agora, foram apreendidas perto de 7 toneladas, quase 10 vezes mais que em 2019.

O total de cocaína apreendido está muito próximo. Em 2019, foram apreendidos 147 quilos. Em 2020, de janeiro até agora, foram 135 quilos.

O número de armas apreendidas também está próximo. Em 2019, a Rotam recuperou 2.100 armas. Em sete meses e meio de 2020, foram 1.840 armas apreendidas.

O montante em dinheiro apreendido com traficantes também ultrapassa o total de 2019. No ano passado, foram apreendidos R$ 640 mil. Em 2020, R$ 667 mil.

Segundo o subcomandante, dois aspectos são importantes para uma maior eficiência. “Em primeiro lugar, está a atuação do serviço de inteligência. Mas outro aspecto é muito importante, o aumento da confiança da população na Polícia Militar, o que resulta numa parceria.”

Segundo ele, grande parte desse trabalho é consequência do disque-denúncia. “Esse serviço existe desde 2005 e faz parte do sistema de defesa social, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal e Ministério Público. E o serviço mostrado, até agora, fez com que a sociedade adquirisse confiança na PM e passasse a fazer as denúncias, o que significa uma parceria muito importante. Quanto mais resultados são vistos, maior a confiança.”

O momento atual, segundo o major Lúcio, a pandemia, de certa forma foi favorável para o aumento do número de denúncias, pois as pessoas estão ficando mais em casa. “Experimentamos uma redução no numero de assaltos, o que se deve ao fato de o comércio estar fechado. Isso parece ter feito com que criminosos mudassem de ramo de atuação, o que pode ter aumentado o investimento do mundo do crime nas drogas”, avalia o militar.


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