A retomada do julgamento dos acusados de matar o fisiculturista Allan Guimarães Pontelo dentro de uma boate em Belo Horizonte foi adiada para a tarde desta terça-feira. A previsão era de que a sessão fosse retomada nesta manhã, mas o advogado de alguns dos réus foi hospitalizado.
Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, mudou o horário do julgamento para as 14h. “O motivo foi a internação hospitalar do advogado de defesa Ércio Quaresma nesta manhã”, diz a assessoria. Não há informações sobre o motivo da internação e o estado de saúde do defensor.
Em setembro de 2017, Allan Pontelo foi espancado e assassinado dentro da boate Hangar 677, no Bairro Olhos D’água, Região do Barreiro. Os seguranças Carlos Felipe Soares e William da Cruz Leal ficarão diante de um júri popular. O julgamento de outro acusado, Paulo Henrique Pardim de Oliveira, está marcado para 29 de setembro. Um quarto réu recorreu.
Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, a juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, do 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte, mudou o horário do julgamento para as 14h. “O motivo foi a internação hospitalar do advogado de defesa Ércio Quaresma nesta manhã”, diz a assessoria. Não há informações sobre o motivo da internação e o estado de saúde do defensor.
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Morte de fisiculturista em boate: Justiça suspende sessão e retoma nesta terçaIndiciados por assassinato do fisiculturista em boate vão a júriRéus negam crime e dono de boate afirma que fisiculturista traficava drogas quando morreuDois seguranças são condenados pela morte de fisiculturista em boate de BHCOVID-19: júris presenciais são retomados em Varginha com crime de feminicídioDe acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP), na madrugada de 2 de setembro, William e Carlos abordaram Allan na casa noturna e o conduziram a uma área restrita para uma “revista”. Ao questionar o procedimento, o fisiculturista, então com 25 anos, foi espancado violentamente, com socos e chutes, imobilizado e estrangulado até a morte. O laudo de necrópsia apontou “asfixia mecânica por constrição extrínseca do pescoço” como causa da morte, além de diversas lesões no corpo.
Ainda de acordo com o MP, Paulo Henrique e um quarto acusado, Fabiano de Araújo Leite, participaram do crime quando, armados, acompanharam toda a cena. Ambos teriam assegurado a continuidade da agressão e impediram que terceiros se aproximassem para socorrer a vítima. Os dois teriam como incumbência a tarefa de retirada do dinheiro dos caixas da boate.
O MP sustenta que os denunciados costumavam realizar abordagens truculentas junto aos clientes do estabelecimento. O processo foi instruído em três audiências, sendo ouvidas 11 testemunhas e o depoimento dos quatro acusados.
Quando o caso tinha completado um ano, em 2018, o pai da vítima, Denio Pontelo, de 48, desabafou, cobrando punição e rapidez no processo. “A dor de enterrar um filho que estava no auge de sua vida é uma coisa indescritível. Meu filho pagou para entrar naquela boate e morreu sem nenhum motivo. Ainda tentaram inventar uma história de que ele estava vendendo drogas, o que é mentira”, afirmou o técnico em eletrônica. “Espero que as pessoas que fizeram essa brutalidade paguem o que têm que pagar, com a prisão, para sentir na pele o que foi a estupidez de tirar a vida de um menino de 25 anos”.
Na ocasião, a fotógrafa e empresária Marcella Paiva, então namorada de Allan, não se conformava. “Nós dois fizemos muitos planos e abrimos juntos uma loja de suplementos, mas repentinamente tudo foi tirado de nós. O mínimo que pode ser feito é que os assassinos sejam punidos, porque aquilo foi um ato de covardia. Quero que a justiça seja feita”, afirmou Marcella.
Defesa
Dos cinco denunciados pelo MP, três eram funcionários da CY, empresa que prestava serviço de segurança para a Hangar 677. A defesa sustenta a tese de que houve, no máximo, homicídio culposo, sem a intenção de matar.